Retrato(Dorian Gray)

Tenho 24, sou feliz as vezes, se vai me querer é melhor pensar muito bem.

Porque só tenho meu quarto, não creio em deuses, e levo tatuagens que não estão sobre a pele.

As vezes tenho erros crassos, me perco no tempo, e fujo do amor por saber como vicia.

Vivo para o que faço, não sou o melhor exemplo, mas os que amo sabem que sou boa companhia.

Que antes de falar, escuto, e antes de morrer, vivo. Pode ser que alguma noite haja dormindo em teu quintal.

Não sou de escrever muito, mas sempre que escrevo, gosto que meus versos se cravem como um punhal.

As vezes sou feliz e em seus versos indomável, e as vezes simplesmente sou um lugar inabitável.

Não tenho respotas, nem pras próprias magoas, trago fumo no pulmão e um coração desordenado.

Estou de madrugada, escrevendo às escondidas, com as mãos manchadas de perguntas e bebida.

Na areia movediça, brindando enquanto sumo, pra enganar o medo com um riso moribundo.

Uma vida, uma morte, um te quero, que seja de corpo e alma inteiros.

Uma lua cativa, um andar ligeiro, uma só faísca para fazer arder o mundo inteiro...

Tenho 24, as vezes sorrio, não vou enganar-te, o que sou é o que vês.

Porque só tenho meu quarto, nego amores frios e não creio em mais milagres que chegar ao fim do mês.

Tenho os pés no solo, voo se me carece, e as vezes confundo teu ventre com um altar.

Teu corpo não é o céu, mas é o que parece e somente a ele que ajoelho pra rezar.

Garota amo as escrituras e o sexo sem censura, e curar o veneno da rotina ao te amar.

vivo para o que faço, as vezes piso em falso, e costumo chegar tarde até meu próprio vuneral.

Gosto de me perder em letras, viver navegando, e colher de dia o planto pela noite.

Romper a expectativas, e escrever mesclando, o silêncio das estrelas com os seus gemidos abrasadores.

Ainda que saiba onde estou, garota sou um pouco inseguro, e nunca me interessou seguir pelo o caminho reto.

Se vai me querer, te digo pense muito. Te juro que meu amor sabe ser puro e não perfeito.

Estou de madrugada, escrevendo ás escondidas, com as mãos manchadas de perguntas e bebida.

Na areia movediça, brindando enquanto sumo, para enganar o medo com riso moribundo.

Uma vida, uma morte, um te quero, que seja de alma e corpo inteiro.

Uma lua cativa, um andar ligeiro, uma só faísca para fazer arder o mundo inteiro.

Rafael NS e Sharif
Enviado por Rafael NS em 15/09/2018
Reeditado em 15/09/2018
Código do texto: T6449781
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