1068-A CHÁCARA SANTA ROSA

Elvira Colombarolli – Biografia – Cap. 8

Enquanto o pai de Elvira prestava serviços a terceiros na extração de pedras, juntamente com seus dois filhos, surgiu-lhe oportunidade para aquisição pequena gleba de terras suburbanas pertencentes à família Jacinta. Secondo aproveitou a ocasião e adquiriu a pequena propriedade suburbana.

No início de 1922 a família transferiu sua residência urbana para esta área suburbana juntamente com quase todos os filhos exceto Vitório, já casado. Elvira contava então com 12 anos de idade

Com muito orgulho e em homenagem à esposa, deu o nome á pequena propriedade de Chácara Santa Rosa. Era distante apenas quatro quilômetros do centro da cidade, constante de campos e uma casa de alvenaria. Considerando que a chácara adquirida não era de grande porte, mesmo assim ali passou a produzir quase todos os alimentos necessários à subsistência da família. Havia uma área baixa para cultivar arroz; outra para milho, mandioca e feijão e até um local mais apropriado para plantar hortaliças, devido à fonte de água para irrigar os legumes. A horta produzia bem, e quando as hortaliças e os legumes não eram consumidos pela família, Antonio e Yolanda levavam cestas cheias para vender na cidade. Gerava alguma economia para adquirir outras necessidades familiares.

A única benfeitoria que havia era uma casa rústica, mal dividida, cozinha em nível inferior e desprovida de água. O telhado era com madeiramento roliço, telhas artesanais em forma de bica; o assoalho de taboas largas estava desgastado pelo tempo e apresentava frestas em diversos lugares.

Na parte mais baixa da chácara passava um riacho, chamado de Córrego dos Carrapatos. Do outro lado, cerca de quinhentos metros além do córrego, erguia-se impávido e a pique, a um morro de pedra. Já era propriedade da família Cantieri, que vivia da extração da pedra cabo verde, e na qual Segundo trabalhava.

Os filhos mais velhos tornaram-se independentes, trabalhando ou viajando para outras cidades.Maria Regina (Mariquinha) casou-se e foi residir em Amparo, no Estado de São Paulo. João foi para o sul, onde aprendeu o oficio de marceneiro. José e Marcílio também foram para Amparo, morando na casa de Mariquinha. Domingos casou em 1934 e mudou-se para acidade. .

Apesar das dificuldades de viagens e comunicação, a família permaneceu unida até onde era possível. Havia sempre notícias e visitas dos que estavam fora.

Muito trabalho, economia e vida simples eram as normas da família, que vivia com simplicidade e felicidade.

ANTONIO ROQUE GOBBO e DARCY MOSCHIONI

Belo Horizonte,14 de Junho de 2018

Conto # 1068 da Série INFINITAS HISTÓRIAS

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 20/10/2018
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