1.072 - A FAMILIA DE ELVIRA E ALPINEU

Elvira Colombarolli – Biografia – Cap. 12

Elvira passou uma década gerando filhos. Iniciou em 10 de setembro de l935 com a chegada de sua primeira filha a loirinha Dirce. O final da gestação dela foi acometido de grande infortúnio ao perder seu pai. Elvira tinha muita amizade e afinidade com ele, razão pela qual a garotinha teve, talvez alguma sequela: chorava muito (“sem parar”, como diziam) apesar dos cuidados e desvelos da jovem mãe de primeira viagem e da avó, dona Beatriz.

Grávida novamente do segundo filho cujo nascimento se deu no dia 25 de dezembro de 1936, e como foi óbvio, recebeu o nome de Natal. Era garotão forte, tranquilo, sadio e seu prato predileto era ovo. Já falante, dizia que era “Ovohomem”..

Na sequencia dos filhos chegou o terceiro, enorme, saudável, em 15 de novembro de l938 Orlando . Em seguida, Darcy o quarto filho, em sete de outubro de 1940 Parto normal, o bebê forte foi acometido de hemangioma, que o perturbou até os sete anos.

Novamente grávida, Elvira perdeu o nenê ainda nos primeiros meses. Ficou triste, melancólica por algum tempo. Foi um ano muito triste para ela, pois o sogro, seu Aníbal, doente, foi residir com a filha Nena, casada com Chiquinho Bícego, numa pequena chácara urbana de Paraíso; e a sogra, dona Beatriz, foi residir com o Francisco, seu irmão, no centro da cidade. Na casa de Francisco residiam o filho Armando, e a filha Carolina, ambos solteiros. Além de Maria, sua filha, com Pedro e os filhos Tuniquinho e Arthur.

Passaram-se alguns anos. No final de 1944 ficou grávida novamente. Apesar de ser uma mulher incansável, dedicada aos quefazeres da casa e da chácara, por recomendação de amigas, e também com elevada dose de bom sendo, houve por bem manter certo repouso e diminuir o ritmo de sua rotina diária. Em dois de outubro de 1945 nasceu a que seria a “rapa do tacho”, a Maria José. Loiríssima.

A criação dos filhos de Elvira e Alpineu coincidia com os dos cunhados e cunhadas. Quase todos tinham o mesmo número de filhos e todos se identificavam com a chácara, pois nela haviam sido criados. Além dos primos ainda havia os pequenos amigos e companheiros que iam para a chácara nas tardes de domingo, para espairecerem (os adultos) e brincarem a não poder mais (a garotada) . Os filhos trazia também alguns amigos e todos gostavam de passar a tarde na chácara.

Se o número de pessoas era grande nas tardes de domingo, aumentava por ocasião das festas do mês de junho – Santo Antonio, São João e São Pedro.

Todos eram recebidos com cordialidade sincera de Alpineu e com muita alegria por Elvira, que se desdobrava para fazer os lautos almoços e servir o café da tarde com saborosas quitandas e pães e bolo, preparados na véspera.

ANTONIO ROQUE GOBBO e DARCY MOSCHIONI

Belo Horizonte,14 de Junho de 2018

Conto # 1072 da Série INFINITAS HISTÓRIAS

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 22/10/2018
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