Sou apenas a roteirista da história que escolhi viver
Acho engraçado quando me acham sábia. Para ser sincera, sou abusada na letra de experimentar o que a vida tem para me oferecer. Vivo o que acredito. Dou voz ao coração, escrevo histórias e com o passar do tempo a vida foi me ensinando a transformar meus medos em letras recitadas.
As dores viraram rimas. Os desencontros sonetos. Tudo se ajeita no papel. Não saltei de nenhum conto de fadas, muito pelo contrário, tudo depende de mim para acontecer. Não existe essa perfeição idealizada, ouço muitos nãos, me atropelo inteira, vejo meus sonhos desandarem, sofro com dores de cotovelo e até penso em me mudar de planeta de vez em quando. Quem sabe para Marte ! Mas, tudo isso passa. O tempo ajuda a amadurecer. A gente vai aprender o que deve e o que não deve permanecer. Escolhemos o que vale ou não a pena. Assumimos melhor as consequências, e vamos driblando com desenvoltura os tombos. A gente sempre se supera no final. Não sou sábia. Sou apenas a roteirista da história que escolhi viver. Acerto e erro como todo mundo, mas também, aprecio as pequenas esperanças que surgem em meio as neblinas sombrias das angústias. Aprendi a enxergar o lado positivo. Talvez isso me torne diferente. Não sábia, mas um pé no chão e o outro lá na lua. Enfim, sou a escrita debruçada sobre um livro chamado VIDA !
“Uma das formas de quebrar o silêncio da vida é começar a escrever e não pensar mais em parar.”
Rita Beatriz da Silva Miranda de Carvalho.