Um espetáculo.

Nas arestas da cidade-pedra

Um sol amarelo é visível e inebriado

Pelo humor líquido segregado de calor

E felicidade materna

Envolto de um caipira com cheiro de terra molhada

Dias, meses e anos.

A evolução infinda e a sede

Por crescimento é insaciável...

Sana a minha loucura santa

De mágoas melancólicas

Sente nos pés o bailar culposo

De um caminho sem volta...

Plié, Jetté, Pás-de-deux

Uma paixão de fogo

Como num sonho de uma noite de verão

Hoje num lago de cisnes

Oscila entre pés no chão e outrora nos céus

Uma revolta em volta de ego e realidade

Sente-se como solista no palco

O teatro e você

Suado, cansado, ofegante...

Não mais à espera dos aplausos do maior expectador

A vida.