Vidas paralelas
De uma forma nua dispo o corpo da alma
e deixo fluir o desejo apalavrado que ocorre e arrepia
este espirito esguio por vezes.
Quem sabe um dia os olhos se penetrem sem medos e diferenças,
passem de rápidos encontros e desencontros, com a cabeça á roda para que finja o que não se vê, para que não se desconfie do que se sente.
Arrepia por vezes...
Vezes que me lembro de ti...Em que sonho com o teu olhar atravessado, em que as tuas mãos entrelaçam os dedos no meu cabelo.
No sonho que me afaga a alma
Ou na realidade que me perturba o corpo.
Voz perdida de fora para dentro...
Tem que adormecer...Tem que se esquecer por hoje...
Existe a sua razão...E a nossa divide dois corpos, deixa-nos em divida, quem sabe um dia...
Deixando-nos numa margem que nos distancia por vidas diferente...
Incomoda o meu olhar
Vira-o do avesso
Mesmo quando cruzamos os passos e fujo, levando os olhos ao chão, caindo sobre esta cegueira que me deixa dormente...
Ausente do mundo
Quando penso em Ti!!