Vidas paralelas

De uma forma nua dispo o corpo da alma

e deixo fluir o desejo apalavrado que ocorre e arrepia

este espirito esguio por vezes.

Quem sabe um dia os olhos se penetrem sem medos e diferenças,

passem de rápidos encontros e desencontros, com a cabeça á roda para que finja o que não se vê, para que não se desconfie do que se sente.

Arrepia por vezes...

Vezes que me lembro de ti...Em que sonho com o teu olhar atravessado, em que as tuas mãos entrelaçam os dedos no meu cabelo.

No sonho que me afaga a alma

Ou na realidade que me perturba o corpo.

Voz perdida de fora para dentro...

Tem que adormecer...Tem que se esquecer por hoje...

Existe a sua razão...E a nossa divide dois corpos, deixa-nos em divida, quem sabe um dia...

Deixando-nos numa margem que nos distancia por vidas diferente...

Incomoda o meu olhar

Vira-o do avesso

Mesmo quando cruzamos os passos e fujo, levando os olhos ao chão, caindo sobre esta cegueira que me deixa dormente...

Ausente do mundo

Quando penso em Ti!!

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 09/06/2008
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