Querido, querida.

Minha Querida Tereza,

Escrevo-lhe para me desculpar. Desculpar-me por sentir aquilo que não pude evitar. Não lembro ao certo em qual segundo aconteceu, mas sei que houve um dia, um momento e uma certa essência que me fizeram achar aquilo tudo tão interessante e intrigante a ponto de não poder e nem conseguir soltar.

‘Meu querido Índio Chileno me perdoe, por favor, mas não posso lhe esquecer nem que peça por amor.’ Aí estamos minha amada, encurralados nesse ter e não ter. Além de desculpar-me queria pedir-te um favor: ajude-me a fazer aquilo que acho impossível, mas que já não posso evitar, ajude-me a apagar tudo que traz tanta dor, ajude-me meu bem a não querer nunca mais ouvir suas histórias que tanto me fazem sorrir. Lembro-me do olhar dos olhos negros a cada vez que lembro das outras mil lembranças. Perdoe-me, por favor, por não te deixar ir embora, jamais. Vá se quiser, mas não leve aquilo é meu, não leve o amor que me deu.

Bruna Aragão
Enviado por Bruna Aragão em 10/10/2008
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