NÓS...
E OS TREZE... EM NITERÓI

“Cada criança que nasce nos traz
a mensagem de que Deus não
perdeu ainda a esperança nos homens”.
(Tagore)


Acabo de ler o original desta obra da escritora Maria Lydia Coimbra de Castro D”Elia a quem sou ligada por laços quase fraternais;fomos colegas desde o Curso Primário no Grupo Escolar Joaquim Távora,em Niterói,onde tive a tive a honra de ser aluna de sua mãe,D.Sylvia.Esta amizade conservamos até hoje,transpondo sempre,com muito afeto,todas as fases de nossa existência: infância,juventude, maturidade e agora...a melhor idade.
Este é o terceiro livro da escritora,tendo todos eles,como cenário,a cidade de Niterói. E eu tive a alegria de prefaciá-los todos.No primeiro,“ ELES... E OS DOZE... EM MITERÓI” (1995),Maria Lydia narra a exemplar vida de seus pais, Gastão e Sylvia,das alegrias e dificuldades surgidas na educação de seus filhos.Em sua segunda obra,“NÓS... E OS SEIS... EM NITERÓI”,( 1997), ela nos fala da vida do casal Hélio Felisberto e Maria Lydia,citando fatos de sua idade madura:casamento e,principalmente,nascimento e criação de seus seis filhos.
E os netos foram chegando...
Esta nova obra,“EU... E OS TREZE... em NITERÓI”,é a fase encantadora da vovó Maria Lydia e do vovô Hélio usufruindo da companhia de seus netos.Com a sua chegada,eles foram ‘recomeçando” a vida com a tranqüilidade e a alegria daqueles que cumprem a tarefa a que se dispuseram,fazendo com que possam agradecer ao Senhor pela vida que mais uma vez se multiplica através deles.
A obra é uma história que reflete a vida da autora e faz com que seus leitores viajem em todo o seu universo de avó;é uma narrativa que versa sobre sua vida,sobretudo pelo que contém de verdade,com o mais completo despojamento,na maior simplicidade,indo direto ao íntimo de cada leitor seu.
E prefaciar esta obra,que conta a história dessa família exemplar,tem para mim ,mais uma vez,um significado muito especial.
Vovó Maria Lydia... Vovô Hélio...
Como passa o tempo!
Mas não devemos contar a idade pelos anos,e sim pelos seus procedimentos.Um ano não conta... dez anos não contam..ou muitos mais não representam nada.Viver não significa contar.O que passou,passou; mas o que passou luzindo resplandecerá sempre.Saber envelhecer é a obra-prima da sabedoria e um dos capítulos mais difíceis da importantes da arte de viver.Uma bela velhice é comumente a recompensa de uma bela vida.Tudo de bom tem vindo às mãos de Maria Lydia e Hélio, porque ambos têm feito do amor seu guia permanente;estão sempre ao encontro de sua aspiração,de seu convívio,de sua obra.Pouco a pouco,eles foram percebendo que Deus os ia guiando pelo sucesso e pelas oportunidades que se lhes eram apresentadas.
E a experiência os fez prudentes...
Quando vem ao seu encontro um sofrimento,deixam dos olhos rolar uma lágrima,dos lábios um sorriso e,do coração,uma prece de amor a Deus,sentindo-se sempre felizes.
No que se refere à visão de Deus,seu estilo de vida é mais importante que a maneira de falar;pelo exemplo,parecem aconselhar a si próprios.Suas presenças são sempre uma chamada.
Umas pessoas já nascem velhas;outras jamais envelhecem.Assim são Maria Lydia e Helio,pois, encontram a verdadeira felicidade na própria casa;entre as alegrias puras dos netos e o carinho de um para o utro,renascem a cada dia,pois,cada dia é,para eles,uma existência inteiramente nova.Arranjam sempre tempo para os netos e saboreiam momentos de convívio,reconhecendo o quanto eles são importantes, procurando espaços para que cresçam,sonhem, vençam e até mesmo errem,mas sempre com a preocupação de torcerem para que não se machuquem na vida.E sabendo que as pessoas são,na vida,diferentes umas das outras,estes avós sabem respeitar os pensamentos divergentes de cada neto.Nesse momento,falam a confiança e o respeito estabelecidos no passado,para que a nova linguagem venha a fazer o neto se constituir verdadeiramente uma pessoa íntegra,sem
porém deixar de reconhecer em seus pais a sua origem e a origem dos sentimentos de gratidão e generosidade para com eles.
Sempre solidários,Maria Lydia e Hélio riem com as alegrias dos netos e choram com as suas lágrimas, procurando em todos os momentos compreendê-los,sendo pacientes com suas atitudes,severos,se for preciso,mas sempre partilhando de suas alegrias,procurando suavizar suas tristezas,esquecendo suas faltas, procurando,enfim,dar-lhes em todos os momentos apoio,ternura e amor.
Maria Lydia e Hélio interessam-se pelos êxitos menores e pelos mínimos fracassos ou decepções de seus netos;participam da vida de todos eles:das crianças, dos adolescentes,dos jovens e até da neta Joana, que já constituiu sua família.Sabem que os netos precisam sentir sua firmeza moldada com amor e afeto bastante constante;sabem que os jovens precisam de amor,de compreensão,de fé e de justiça. Por tudo isso,Hélio e Maria Lydia obtêm o que querem dos netos,pelo calor da simpatia.Amando-os,conseguem ser ouvidos e compreendidos.E serão também jovens,enquanto se conservarem receptivos ao que é belo,bom e puro.Talvez por serem pessoas que a todos atendem e entendem,trazem no rosto uma paz reconfortante.São avós que aceitam com tranqüilidade os arroubos da juventude,os desvarios da adolescência;não se alteram com coisas que,em outras épocas,talvez os tirassem do sério.
Atingiram o amor sem limites.
Atingiram a plenitude!
E por tudo isso,pelos avós que têm,aqui deixo o meu abraço a cada um de seus netos, filhos de seus filhos.

PARABÉNS:
 Joana                       (16/12/76)
 Mariana                    (27/05/80)
 Silvia Anita               (27/04/81)
 Poliana                     (20/09/81)
 Helio Felisberto        (19/05/85)
 Daniel                       (18/01/87)
 Ana Talita                 (04/06/87)
 Leandro Antonio       (20/08/87)
 Ana Lydia                  (28/02/91)
 Ana Letícia                (20/10/93)
 Vitória                        (27/12/96)
 Louise Marie              (14/08/97)
 Clara                          (29/09/97)




                                                    Niterói, 19 de agosto de 1999
                                                       Alda Corrêa Mendes Moreira




                
                                       










Alda Corrêa Mendes Moreira
Enviado por Alda Corrêa Mendes Moreira em 05/11/2008
Reeditado em 03/12/2008
Código do texto: T1268293