CARTA AO MUNDO

Rio largo, 17 de janeiro de 2008.

Meus amigos e amigas do mundo. Resolvi enviar esta missiva, para expor minha preocupação com o que está acontecendo em nossa casa. Espero que esta encontre a todos e todas bem. Porém, preocupo-me com o que acontece sob nossos olhos. Vejam só vocês, o que estão fazendo com aquelas plantinhas que a muito tempo nossos ancestrais e a própria natureza, deixaram lá no quintal o qual batizamos de Amazônia.

Na busca descontrolada pelo tal progresso, eles estão derrubando tudo, além do desbastamento para criação de gado, plantação de soja e arroz e ninguém faz nada. Lembra daqueles macaquinhos? Pois é, eles estão sumindo com esta transformação. Esta destruição tem ajudado a causar grandes desastres em nossa casa, o ar que antes era totalmente tropical hoje tomou proporções diferentes as vezes até esquenta tanto que não agüentamos e tiramos a camisa até com visita em nossa residência. Nossas geladeiras, aquelas lá do norte e a do sul, pois é, estão com seus congeladores derretendo, parece até que está com algum problema mecânico talvez tenhamos que procurar um técnico. Isso tem ocasionado um aumentando nos volumes das águas que é tante e já vai direto para nossos tanques que conhecemos e aprendemos a chama-los de oceanos. E os peixinhos que tem dentro deles, eles sofrem também com isto. Não sei a quem responsabilizar, se o inquilino que nosso pai misericordioso cedeu a casa para eles morarem ou a nós que estamos administrando-a e observamos tudo sem nada resolver. Temos que tomar as providências cabíveis se não perderemos nossa casa.

Vejam bem, além disso, ainda temos alguns inquilinos que não se entendem eles alegam que por questões únicas e exclusivamente religiosas tem que tomar a iniciativa de atacar os seus vizinhos que sem defesa sofrem as conseqüências. E como se não bastassem eles usam um brinquedinho que lança uns negócios que destroem o alvo mirado levando-o ao chão. E por tabela atinge pessoas inocentes, acima de tudo, velhos e crianças indefesas. Ontem mesmo, olhando pela câmara que estalamos em casa e denominamos de televisão, pude ver os ataques, mas a distância impediu-me de fazer algo, as lagrimas molharam meu rosto e não pude disfarçar. Meu filho mais, preocupado, até perguntou-me porque eu estava chorando, não tive a coragem de falar para ele , o garoto é inteligente e de imediato me falou que quando ele crescesse, queria ser um bombeiro para está na ajuda humanitária. Meu coração entrou em pranto não pude me segurar, desliguei a câmara e fui dormir. Enquanto dormia, sonhei com nossa casa florida, cheia de arvores e animais, pessoas cheias de amor e assim agradecendo a boa vontade de painho e deixa-los morar gratuitamente em nossa casa, infelizmente acordei e percebi que foi só um sonho. E papai, não estava nada satisfeito com o que eles fizeram com seus bichinhos e plantas. Ora, peço que vocês ai onde estejam façam algo para que estes inquilinos repensem suas atitudes e aquelas casas grandes que eles constroem e tem um poderoso jeito de transformar as coisas e ao mesmo tempo destrói estas eles chamam de industrias.

Vocês lembram daqueles moradores antigos que andavam a vontade por toda a casa? Pois bem, eles ficaram envergonhados e passaram ate a usar roupas com vergonha dos novos inquilinos. Eles que por direito são detentores de terras perto de nossa casa, ou melhor, dentro de nossa casa. Olhem, tenho que encerrar por aqui pois ainda me emociono e não tenho forças para relatar mais. Mesmo assim, na próxima eu falo o que poder e tomar conhecimento. Vamos lá espero u ma posição de vocês. Fala para a mamãe natureza que sou aliado dela e que Papai, anda muito triste com este povo. Um abraço e fiquem com todos os orixás.