O que será?

Confesso que não tinha dimensão do que pensei ter deixado enterrado por ti. Engraçado, apesar da aparente bagunça, e da ilusão que me encontrava, ainda assim confortável e seguro, criando expectativas sobre algo que nem sequer acredito, mas tinha todo controle.

Mas um minuto com você foi o necessário para fazer perder toda a graça dessa minha brincadeira de faz de conta.

Pergunto-me, tantas vezes ao passar do dia, quando com um sorriso amarelo comemoro as felicidades alheias compartilhadas, se terei coragem de dizer como me sinto e como tantas vezes me senti.

Acho que nunca, o que realmente te faz voltar, mesmo que esporádico, e acredito que muitas vezes pela última vez. É esta segurança que passo, excitante, pervertida e insaciável. Com qualquer número de sentidos que quiser colocar.

E do que adiantaria falar, está bem com sua vida, a segurança do seu pedestal. Eu sou uma mera mortal, não haveria nunca de te alcançar, desperta-te um real sentimento. Perdoa, por pensar que talvez um dia pudesse despertar um sentimento sincero.

Mas o que me faz questionar nesse fim de noite, e pedir ao universo, se um dia encontrarei alguém. Só quero amar, ser amada. Óh céus, é pedir demais? Abra meus olhos para me dar conta de que sempre esteve ao meu lado, me faça ver quem está ao meu lado.

E pra ti, não sei. Desejo felicidades, segurança, mas que não vá muito longe, apesar dos pesares, sempre tens contigo uma palavra de conselho, e gruda em minha mente como cola, e se repete como disco riscado. Então, nem tão perto que me cegue para novas oportunidades de continuar a viver. Mas nem tão longe que não te ouça.

Mas ainda hei de perguntar a vida, o porque de nossos caminhos se cruzarem. Ao menos sei dessa vez, que não sou a única, abalada e incomodada com tudo isso.

E para nós boa noite, sonhos tranquilos, força para encararmos mais uma semana, e coragem para levarmos nossas distintas realidades.