Eu não te amo como amei ontem. L.C.C.

..*. Como poderia começar? Não sei resistir aos pensamentos que tiram o sono. Na real, não resisto aos pensamentos seus. Aos meus e aos nossos que antes existiam. Não sei manter-me sóbria, embora agora, nem mesmo a amiga de outrora queira-me mais; resistir não é mais preciso, a ela.

O que me mantinha adormecida fez-me acordar. Eu não sei como aguentar as palavras frias que proferiram de meus lábios trêmulos na noite de quinta-feira. Eu não sei como aguentar as palavras ditas na madrugada de terça. Eu não sei como aguentar tudo que dissemos então.

De certo, estava a olhar as fotos que permanecem no mesmo lugar. Eu me pergunto se você sente o que eu sinto a noite ao lembrar. Se tinha escutado as palavras certas, eu não sei se quero mais sentir. Eu queria estar um pouco bêbada agora e dizer... Eu não sei o que pode está fazendo o inferno aqui... Eu só preciso de você agora.

...

Queria dizer, como disse, e você também, as palavras perdidas. Porque já não acredito em despedidas, nem tampouco em mentiras. Era mentira ao dizer. Era pura mentira ao dizer. Sentimentos assim não morrem e eu poderia corroborar-lhe dizendo inúmeras frases sem sentido porém todas cheias de significados. Eu poderia usar de exemplos conhecidos ou não. Poderia desmistificar todas as crenças e era só dizer que "sim". Que "estou de volta". "Estou de volta ao lugar de onde nunca saí." E jamais veria fugir o que, geralmente, fugia de mim.

Eu não te amo como amei ontem.

Eu não te amo como amei ontem.

Eu não te amo como amei ontem.

Eu te amo mais...

..*. ...

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 26/06/2010
Reeditado em 25/10/2010
Código do texto: T2343201
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