Viva e verás

O ceticismo da Unesco em relação a educação no Brasil chega a irritar. As manchetes estampadas em vários sites humilham-nos, e mostram todo asco que se tem pela ‘língua boa’, o nosso indígena, bom e velho nheengatu.

Estou convencido de que, quanto mais o País avança, mais se perde, mais piora, mais se enrola, mais se engrola, mais estarrece o mundo, mais se aproxima do fundo do poço.

O material didático distribuído pelo Governo Federal (e toscamente plagiado por Estados e Municípios) é inútil quanto uma punheta apressada e nocivo como lixo radioativo. Só serve para enriquecer ‘inditoras’ e autores da ‘titica’ que cretiniza o cérebro de infantes, geração após geração.

E o pior de tudo: ninguém detecta as falhas que nem se dão ao trabalho de mascararem-se. Estão à vista, saltam despudoradamente aos olhos, assim como o cu, que perdeu a vergonha, lutou, rompeu barreiras e firmou-se definitivamente como genitália.

A escola no Brasil é milionária em se considerando a qualidade do serviço prestado. A única contribuição relevante que prestaria seria fazer o ‘mea-culpa’ e fechar as próprias portas, fechar-se em sua ignorância; implodir-se seria pedir demais?...

Se a Nação fosse um barco, poder-se-ia dizer que o barco estaria flutuando rumo ao despenhadeiro e precisaria fazer o óbvio: mudar a direção da embarcação, fazer navegar, ainda que arduamente, em sentido contrário, dar meia volta e fugir do precipício.

Agora, se se tem força para remar contra a correnteza, já é outra conversa. Mas não há escapatória: ou rema contra a corrente ou se destroça lá no fundo da cachoeira profunda e fria, tão profunda e fria quanto a Garganta do Diabo, lado argentino das Cataratas do Iguaçu.

Ações necessárias para o inicio do resgate da educação: fechar o Mec, despedir o Ministro por justa causa, pedir a devolução de todo dinheiro pago pelo lixo didático, cortar o pescoço dos pensadores do ensino, fazer um novo Carandiru para abrigar todos os profissionais da educação atual e incentivar slogans deste naipe: ‘pra quê escola, se se tem o google’, ‘quem nada sabe, sabe ensinar o quê?’, ‘na rua se aprende muito mais’, ‘pais analfabetos ensinam mais do que a escola prostituída, corrompida, fudida e mal paga’.

E outra ação óbvia: ensinar o código, uma língua a qual o mundo possa traduzir, juntamente com a velha lógica de muito antes de Cristo, ‘tipassim’: todo homem é filho de Deus; José é homem, logo, José é filho de Deus’. Simples assim, sem mistério, sem burrice, sem pegadinha para desviar dinheiro público.

Resumo: negando-se a isto, ainda que o Brasil atinja a nota máxima estipulada pelo Governo, ainda assim continuará segurando a vergonhosa lanterna da estupidez para alumiar o mundo branco, que nem é tão sábio assim.

Não acredita em mim?!... Viva e veja!

Ah, mais um lembrete importante: o Brasil também precisa fechar aproximadamente 80% das editoras. Quem tem que produzir bosta, no Brasil, é o rio Tietê, e não ‘inditoras’.

É só... Fui!