Como um raio

Ao redor, como o raio imperfeito e exato...

A gente faz mil planos e compra jornais. E a vida nos convida para a caminhada. Eu que andava cabisbaixo, contando pedras e passados, refletindo tudo que era nada... um acidente, um atentado. Olhando o céu sentado na calçada, mirabolando conspirações, coleciondo filtros e comparando calendários. A gente inventa estórias pra não ficar calado.

E ela estava lá, aqui, ali, longe, perto...

Não sou bom navegador, passaria pelo continente africano tantas vezes sem descobrí-lo. Mas ás vezes penso em destino. Não como uma coisa exata, com fórmulas matemáticas, sabemos que tudo pode dar certo e também muito errado. E já que é um raciocínio meu, posso usar a própria matemática e quantificar uma série de probabilidades, que em certas circunstâncias levaram-me a perceber algo mudando na paisagem dos dias... porcentagens... equações quimícas... radioatividade... espaço e tempo e dissonancias super relativas.

E eis que vi Ana.

Se ainda penso em acaso? Ah, não, nada é por acaso, só a intensidade do sentido que às vezes é abandonada. Muitas coisas se descobrem nos olhos. E o que vejo nos olhos de Ana levará muito tempo para ser desvendado...

... como um raio imperfeito e exato

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 14/09/2011
Código do texto: T3219144
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