Solidariedade ao Prof. Luis Flávio

Coleg@s,

Prof. Luis Flávio,

Conheço o professor Luis Flávio e mantenho encontros esporádicos e amistosos com ele, com quem, infelizmente, ainda não convivi mais de perto. Porém, lamento o ocorrido (acusações contra a retidão no exercício profissional pelo prof. Luis Flávio). Aliás, aproveito para reafirmar o meu respeito aos profissionais que atuam dentro da UFRB, sejam colegas, nosso diretor, pró-reitores, vice-reitor e reitor, extensivo àqueles com os quais, vez ou outra, mantenho debates nesta lista e alimento um diálogo pessoal e profissional à altura da etiqueta social, da ética profissional e da civilidade cabível na academia.

Nada ocorreu que me fizesse perder a consideração pelas pessoas que compõem a reitoria da UFRB, incluindo seus auxiliares diretos. Ao contrário, por ocasião das eleições para reitor, apoiei ostensiva e intensamente o prof. Paulo Gabriel e aqueles que com ele se envolveram naquele processo. E o fiz por meio de textos, pronunciamentos e ida às salas de aula ao lado deles. Até quando recebi a solicitação de auxílio financeiro para a campanha do prof. Paulo Gabriel eu respondi positivamente, dentro das minhas possibilidades.

O que me preocupa não são as pessoas, mas as ideias e as políticas públicas. Vejam: na eterna luta entre capital, lucro e acumulação “versus” direito, tenho argumentado a favor do segundo. Tento, com isso, realizar o sentido social do magistério. Qualquer análise isenta do que tenho produzido levará a essa conclusão.

No entanto, por conta desse meu posicionamento teórico, ideológico e político, vez ou outra o debate sai da linha das ideias, afeta minha pessoa e isso tem sido penoso. Por viver na pele esse tipo de coisa, e por acreditar nas palavras do prof. Luis Flávio, sou solidário com ele e com todos aqueles que, de algum modo, sofrem com o episódio tratado, por ele, em nota pública.

Sei como pesam a calúnia, a difamação, as insinuações, as ironias, os sarcasmos, a perseguição e os ataques à honra e ao nome de uma pessoa. Por isso abomino essas práticas e tenho por conduta não dizer por vias atravessadas o que posso falar pessoalmente a alguém. Alimento, ainda, o regra de não dizer longe de uma pessoa aquilo que não diria na presença dela.

Desse modo, creio que o momento por que passamos em nossa instituição (paralisação estudantil) deve ser marcado pela serenidade, pela calma, pelo respeito ao próximo e pela disposição contínua para o diálogo. Com isso, podemos dar centralidade à prática do bem e rechaçar o mal, até para termos condições de, honestos, dormir com a consciência tranqüila.

Prof. Luis Flávio, outro dia, uma suposta criança comentou dois textos meus que mantenho na internet. Percebi, nos comentários, uma elaboração textual que não poderia vir de uma criança, a qual se dizia no ensino fundamental. Então, pedi ao administrador do sítio que abriga minha página a identidade da pessoa que havia comentado maliciosamente os meus textos. Não passou meia hora e eu já a tinha identificado.

Nessa ocasião, o administrador do sítio me disse: “Ninguém é anônimo na internet”. E não é mesmo. Não precisa ser especialista para saber disso. Por esse motivo, que os nomes envolvidos neste lamentável episódio sejam colocados à luz o mais breve possível. E que esses nomes circulem em nossa lista, até para evitar que esse estado de dúvida crie oportunidade para que possíveis desalmados usem indevidamente o nome alheio.

No mais, prof. Luis Flávio, um abraço, luz, força e paz!