Paula

São Leopoldo, 24 de janeiro de 2007

Faz dois anos e nove meses que a opacidade que insistia em acompanhar os meus olhos me abandonou. O que fizeste com a minha nostalgia? A simples verdade que em teus olhos vejo, despida das máculas que carregam outros tantos olhares, aniquilou a minha tristeza. Desde então minhas manhãs têm outro brilho. Tua presença transcende o presente, pois onde quer que os meus sonhos estejam, lá também tu estás!

Como poderia eu descrever o que sinto quando te vejo? Palavras podem transmitir meu êstro? Estes signos dizer-í-am o belo e o perfeito?

Basta-me ver-te! Confesso-te que, todos os dias, em meu silêncio implícito está a minha admiração, o meu regozijo e minha satisfação por ter-te ao meu lado.

Os pensadores que me perdoem, mas que verdade há mais neste mundo senão a de Antígona e Hêmon, Dynameme e Camões, Matilde e Neruda? O que adianta um homem tocar as nuvens do alto de um arranha-céu, ter sapiência para entender todos os livros do mundo, mergulhar no oceano e conhecer os segredos dos mares se ao seu lado não tiver ninguém para dizer eu te amo?