Que chova Pax...

Que a tua luz o Pax ressurja dentro dos corações que choram por sobre tua esquálida mortalha!
E que do fundo de um momento pretérito cheio de bolas de gás coloridas, os sorrisos de crianças alegres de décadas perdidas iluminem os diversos outros olhares de outras tantas que hoje jazem sem paz.
O universo conspira na busca da perfeição: No jogo das rotações e translações.
O incomensurável viço biológico transcende o inenarrável "Big-Bang"
que ecoa intrépido até nossos Dias...
O tempo? O tempo é Deus. O tempo exalta todos os espaços, e leva a sua condição de viver...além do Cosmos.
E a sonoridade da poesia vem fazendo milagres, tornando possível a consumação da paz, evitando a consunção plena.
A orgânica não beligerância, retém a maldição. A guerra pela paz é bendita por tantos...E dentro deste espetáculo, o ser dito humano: Inventa o pecado.
E o pecado leva à morte, com seu salário mais fatal.
Como irei vestir a armadura da eterna tranquilidade, que abona a boa-vontade entre os seres, que respeita o inocente animal, e a planta mais venenosa...
A caminhada em direção ao Racional recriou estigmas, fez nascer martirizados, e cristos, que radiosos não colocaram o tijolo da guerrilha nos quartéis da exploração.
Espoliar é o verbo da GUERRA, uma guerra que faz sangrar os mais vivazes representantes da PAZ. E sem paz estamos nós que nascemos POETA, e como tal somos fabricante de sonhos...
E sonhos advém do mais refinado desejo da alma, que clama por serena paz...
A arte da guerra vem da falta de paz, e homens e mulheres confundem-se demais com pseudoiluminações...Que sob o manto acadêmico faz-se mister.
Poietés - Os gregos poetas, sabiam que Esparta fazia sua poesia através dos combates  mais cruéis e temerários, e os bons atenienses consolidavam na Àgora seus embates  cheios de retórica e filosofia...
O respeito fugiu e levou com ele a lealdade, deixando a volúpia livre para saborear as mentes...E como medusa petrificou sua intrínseca semente do bem.
O orgulho é o pai da beligerância...E sua mãe a Inveja dá a luz a sua irmã: Batalha.
Vivemos na roda do mundo, que gira através do subjugo que acorrenta o Homem, e isso será sempre motivo para que toda a paz se escoe, e elimine vidas preciosas do divino.

Que chova Pax e molhe o mais belicoso ser, transformando-o em justo.
Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 02/03/2013
Reeditado em 02/03/2013
Código do texto: T4167388
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