A ALMA ENGASGADA

A alma engasgada mal balbucia os versos de dor

Tenta pronunciar para o si e o mundo.

Também se gritasse quem a ouviria?

Os olhos não percebem nenhuma outra alma

A quilômetros de distancia, um deserto seco,

Sem amor, sem pousada sem onde colocar a cabeça.

E pensar que já oferecera tantas vezes seus braços

Para descanso e encontro das forças

Necessárias ao soerguimento de outros.

Buscara chorar, mas tal era a secura...

Que se conteve no recolhimento vazio do silencio.

Não podia reclamar. Nada fazia mais sentido.

O mundo tomara para si toda sua alegria.