ANDEI TÃO SÓ

Andei tão só e desfolhando o mal-me-quer.

E só o bem que não me queria, não se despertou ainda.

Minhas pisadas se tornaram pesadas, e minhas pernas cambaleantes...

E eu pensei: "É a idade!" Mas foi a tal da "infelicidade" que cruzou o meu caminho e deixou-me estonteante...

Minha pele se descamava, como de uma cobra jararaca...sem bote...porque o veneno em mim se impregnava.

Porque eu andei tão só, eu não via nada nesta estrada, com o pó denso que se levantava ao meu redor. Deixou-me confusa, sem saber, o que era luz ou que era trevas.

E eu andei assim tão só...a espera do bem-me-quer.

O que não precisava era deixar o desespero tomar conta...

Fiquei ainda tonta das afrontas desta vida...É muita porcaria, porcaria...vamos então garimpar e ver os diamantes cintilantes.

Não custa nada ao redor procurar...

Vamos deixar de ser cobra, porque a vida nos cobra do mal ou bem que se pode dar...

E não quero assim andar tão só, pela minha ignorância desta minha falsa filosofia...de tornar fria diante dos infortúnios da vida...do azedume que se oferecem por aí...

Gedeane Costa
Enviado por Gedeane Costa em 19/02/2018
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