ANDEI TÃO SÓ
Andei tão só e desfolhando o mal-me-quer.
E só o bem que não me queria, não se despertou ainda.
Minhas pisadas se tornaram pesadas, e minhas pernas cambaleantes...
E eu pensei: "É a idade!" Mas foi a tal da "infelicidade" que cruzou o meu caminho e deixou-me estonteante...
Minha pele se descamava, como de uma cobra jararaca...sem bote...porque o veneno em mim se impregnava.
Porque eu andei tão só, eu não via nada nesta estrada, com o pó denso que se levantava ao meu redor. Deixou-me confusa, sem saber, o que era luz ou que era trevas.
E eu andei assim tão só...a espera do bem-me-quer.
O que não precisava era deixar o desespero tomar conta...
Fiquei ainda tonta das afrontas desta vida...É muita porcaria, porcaria...vamos então garimpar e ver os diamantes cintilantes.
Não custa nada ao redor procurar...
Vamos deixar de ser cobra, porque a vida nos cobra do mal ou bem que se pode dar...
E não quero assim andar tão só, pela minha ignorância desta minha falsa filosofia...de tornar fria diante dos infortúnios da vida...do azedume que se oferecem por aí...