As roupas que visto não condizem com meu estilo

______________________________________________(23/04/2018)

Refletindo sobre as porções de estilhaço meus lançados ao mar; encontrei traçada uma imagem de persona unicamente descontente. Então, em tentativas de desconstruir a parte necessária desta vertente, ofereço a chave-mestra que destranca acesso as propriedades de minhas raízes: "- Vivo em maestria de diversões, mais do que deveria aproveitá-las, e isto faz-me perceber que minhas procrastinações resultam em lamentar, com propensão, as obrigações que melhorariam estas minhas navegações. Essas decisões me fazem olhar para o passado e resgatar, estritamente, relíquias de gênero negativo, pois, são de meus próprios planos que acabei por lavar as mãos.".

Ou seja, não faço-me refém aos fios de solidão, tão pouco somente de queixas para com a vida. Encontro-me infestada pela discordância, que balança minha visão aos lados desolados da manifestação. Alimentando-me demasiadamente da janela das navegações e de notas de outras composições, que deixo-me levar em perdição e não percebo o tempo seguindo sem avisos e soltando minhas mãos. E ao perceber o retardo de minhas ações, pilho as frustrações e contemplo a imagem formada do descontentamento de tantas ações que se cristalizaram e deveriam ter sido tão bem lapidadas, mas foram apenas cavadas e deixadas sem trabalho, com lucros servidos por especulação.

Assim, descrevo que sou alegre ao ponto de viver livre e esquecer de prender-me a certas coisas, que acabo me lançando as nuvens claras e acolhedoras que, no passar do tempo, mudam sua forma e despacham-me sem cuidado na realidade de seu destino.

Atenciosamente, Clara Nuvens.

Clara Nuvens
Enviado por Clara Nuvens em 23/04/2018
Reeditado em 15/05/2018
Código do texto: T6316875
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.