O monstro que entristece a criança interior

Finalmente consegui destruir todo o resíduo de honra que existia no mínimo da minha felicidade.

Eu profanei totalmente minhas vertentes que me manteriam vivo e moldaram o homem que eu deveria ser hoje, simplesmente peguei meu resquício almírico do verdadeiro eu e atirei-o a lama, tudo por ter pensado pouco ou estar pensando demais.

Isso foi impulso ou coragem insana?

Certamente impulso, simplesmente por afastar-me das vertentes que carrego dês da minha concepção como ser.

Ela não sorri mais para mim, ele não desaprovaria minhas condutas por estarmos seguindo o mesmo Senhor, mas com certeza a cada passo eu aperto meu coração a escuridão.

É a incerteza de que ainda existe uma salvação, mas ir em questão da estabilidade ou da emoção?

A emoção é o impulso que distingue os humanos dos animais, a estabilidade é o sacrifício da zona de conforto e das escolhas que criam expectativas de uma vida tranquila.

Me ajude meu Deus, ter me matado todas as vezes por uma fatalidade foram poucas ou eu só teria salvação com uma nova encarnação?

Matei minha alma mais de 20 vezes nos últimos anos, assassinando o meu ego e altruísmo no ápice do desespero, mas ele é um pedaço da minha alma, uma característica do meu ser, larguei-a uma vez e a recompensa foi a aniquilação de um bem.

Fiz minha infância chorar e nós não damos as mãos a muito tempo, isso é falta de família ou falta de maturidade?

Não consigo responder tal pergunta, meu eu não converso comigo o suficiente para saber o que quer, a vontade externa esconde a vontade interna, temporária ou não, somente o tempo poderá me revelar.

Por que todas as tentativas de suicídio foram frustradas?

Tudo para me manter no caminho de terminar o caminho para aqueles que confiaram sua morte a mim, sou o mártir necessário para carregar tal pilar de responsabilidade, desta vez não é ego, mas amor. Sou o maldito que duvida da sua finalidade e quer desistir em momentos de fraqueza, a morte é tão confortante ou a vida que é uma mãe desnaturada?

Não culpo ninguém além de mim mesmo, meu erro não foi ter rejeitado a morte, mas sim amado a vida demais.

Corvo Cerúleo
Enviado por Corvo Cerúleo em 26/04/2018
Reeditado em 26/04/2018
Código do texto: T6319284
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