Escondi meu Coração em uma Ilha.

É tudo que tenho de vc.

Silêncio.

Silêncio onde o medo habita

E você não se habilita a me deixar tentar.

Diz que o sentimento mudou quando sabe que está mascarando algo pelo medo de sofrer.

Seria a dúvida maior, sofrer por medo de tentar.

Ou se acostumar a não ter.

Pior do que não amar é desistir de um amor e sepulta-lo vivo.

Onde há lágrima há dor e sinceridade.

Lágrimas são pedaços da alma se desfazendo por algo ou por alguém.

Chorou durante dias até que matou a própria alma.

Voltou sim a sorrir, mas quando o silêncio gritava

Lembrava de tudo e pensou " Tomei eu a mais sabia decisão?"

Consumido pela incerteza que por vezes vem travestida de razão.

Decretou o fim.

Com as cartas na Mesa jogou pelo menos arriscado.

Assim acabou, um magoado pelos erros que não foi culpado.

O outro em pedaços mutilando-se em silêncio enlouquecidamente.

Falta -lhe forças....

Armas, daquelas carregadas de sorrisos.

Escudos daqueles como seu abraço

Sobrevidas embaladas no seu beijo.

Ouviu todas as músicas e canções

Em uma busca desesperada por um verso que ou lhe acalma-se a alma, ou que tocassem o coração da amada.

E nada encontrou

Nada mudou

Não se ouvia mais nada.

Além do próprio choro.

Além das canções que tocam repetidamente na mente.

E a dislexia das palavras contidas no seus poemas.

Foram acentuadas.

Por isso talvez Vinícius de Moraes tenha escrito:

"Talvez a morte fim de quem ama, mesmo que por dias seja o fim provável..."

E em um desatino surgiu um abraço

EDER JUNIOR
Enviado por EDER JUNIOR em 13/05/2018
Reeditado em 12/09/2020
Código do texto: T6335404
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