Cartas de despedida
“ Se você estiver lendo isto, provavelmente estarei morto e minha ambição, finalmente, fora realizada. Talvez, de premissa nada surta efeito e o que esteja relatando seja meras palavras ao vento. É confuso, mas não posso conta-los o mecanismo espontâneo do avanço, prevenindo defeitos, erros ou falhas no sistema por intermédio de terceiros.
Chorei, não nego. Não pelos problemas, nem suas origens, mas os meios para o fim. Se já não bastasse minha morte, a de alguns de meus únicos entes queridos também foram tiradas de mim. Se houver algum inferno, meu destino, certamente, encontrárei-lo lá. Assumo a total responsabilidade de meus pecados. Não havia como justifica-los.
Mas não me arrependo. Não receei ir contra julgamentos, aquilo que todos acreditavam ou o próprio governo. Obstáculos não foram postos para sustá-los, mas prevenir que muitos transitem por onde não tem direito. Considerarei eu, meu sonho ímpar ou empático demais?
Se nem mesmo a morte me impedira, não hão de o impedir. Para aqueles que a fé o dispôs a crer no impossível, instrua o restante e controlem os incrédulos, pois como na antiga realidade ainda lhes serão merecidos. Apenas lembrem: O mundo não tem dono, porém a todos é repartido! ”