NOSTALGIA DE UM AMOR PLATÔNICO
Começo com imensa tristeza essa carta e terminarei igual. Tristeza dessa de doer o coração. Fazia tempo que não me sentia como um adolescente, o peito arde por dentro.
Fui cumprimenta-la e por um momento quase não o fiz, não a conhecia e não a conheço tão bem, e isso por parte me alegra, pois essa parte de ir conhecendo é uma das minhas favoritas em qualquer tipo de relacionamento.
Na hora do cumprimento travei, não esperava sentir algo especial por você logo de cara, na verdade eu não esperava sentir nada, pensei que seria uma noite de conversas forçadas, foi quando.
Eu estendo a mão
Você a segura
Eu paro
Você concorda
Eu travo
Você acorda
Eu espero.
Você vem e naquele segundo você tropeça de forma singela quase imperceptível e levemente como uma flor caindo sobre uma mão, você caiu no meu abraço e eu eternizo esse momento. A vontade de te proteger me toma de conta. E pra quem nem se conhecia nós dois acabamos conversando muito e quando percebi foi a madrugada mais rápida da minha vida. Por um momento quase discutimos e foi engraçado descordar mais do que concordar. Não estávamos ali por nós e no final de tudo nos despedimos como dois estranhos, forçados a certeza que tudo era passageiro, mas para mim não foi e aqui estou escrevendo essa carta na esperança de um dia você a ler, e se você sentiu o mesmo que eu, você saberá quando a ler, mas se não, se tudo isso é pífio, me perdoe. A loucura está nos olhos do lunático. E daquele dia em diante conhecer você é meu desejo mais escondido e poderoso.