Manifesto à Sinceridade

Pois que sou uma esforçada escritora . E sei falar todas as linguagens, desde a mais elaborada até a mais povão, não vejo grandes hierarquias, afinal cada uma tem sua arte e gosto,assim como doces diferentes. Então pensei, " cá com meus botões" : "- Oras, será que poeta tem pedigree? " E fiquei encafifada com essa idéia bizarra...se tenho várias roupas, tenho também várias modalidades de fala, formais, informais e mais uma infinidade de derivados.

Posso usar o que me der na telha, cada uma delas tem vida própria e uso de acordo com minha intuição. Nem sei se estou ou não certa, mas não fico pensando muito antes, uso por mim, e isso já me angariou muitas "broncas" ou "advertências" de meus familiares, horrorizados com minha "falta de classe".

É, tem dias em que estou "com a macaca" mesmo. Porém existem os momentos introspectivos, onde me defronto com certos aspectos que me incomodam, ou angustiam, então a linguagem reflete o momento mais tenso, assumindo uma feição solene, um ar mais contido, onde está implícito o atrito,um desafio.

Por isso o humor reflete a linguagem, assim como a situação condiciona o vestuário a ser usado.

Depois desse blá, blá, blá, o que digo é básicamente o seguinte: - sejamos sinceros e falemos do jeito que sentimos. Não ia ser muito mais divertido e agradável assim? Uma fluência honesta da forma, sem preocupações infundadas. A pessoa que lê recebe a impressão telepática do escritor, pelo jeito dele manifestar a idéia que nasce em sua mente. Então nasce uma empatia, uma sinergia instantânea entre escritor e leitor.

Tudo devido a sinceridade, que transparece em mais brilho e harmonia, no conjunto das idéias expressas ali.