Lágrima

Esqueci como é chorar!

Guardo o semblante neutro.

Depois do brejo que se tornou meu estômago,

Depois de tantos sapos engolidos,

Depois de tanto silêncio forjado...

Tanto sorriso forçado,

Só vem o aperto no peito.

A dor na alma.

A ausência de alívio.

Mas nenhuma lágrima desce.

Mora em mim uma represa.

Cheia, gota a gota.

Melhor seria se transbordasse.

Magali Lopes
Enviado por Magali Lopes em 25/12/2018
Código do texto: T6535182
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