Aquele que só encenou

É tardio tudo o que aqui escrevo, sendo a hora de deixar pra lá, mas eu sinto um aperto no peito e não sei bem por onde começar...

Fui consumida pela intensidade até onde não pude mais respirar, me afoguei no mergulho profundo daquele jeito vazio que insistia em me olhar.

Quis arrancar de minha alma tudo que pudesse me remeter tal lembrança, que pudesse acalmar essas vozes, os risos, as lágrimas e a dor que sentira outrora... mas foste em vão tal tentativa.

Não sei mais quem era ou quem um dia eu fui,nem sei se tenho forças de ser algum dia, pareço mero esboço de alguém que sonhei. Nos meus olhos um vazio profundo que da dó a quem ousar observar... mas não penses que eu gosto disso só não sei como me reinventar.

Eu morri com as sua mentiras e morri mais ainda ao me subestimar, assistia atônita a cara de pau ao te ver encenar.

Me disseste que eu não era uma mera experiencia que era sério que devia honrar o caminho que um dia traçado, imaginado, escolhia ficar.

tantas foram as mentiras cruéis, tantas juras juradas em vão.

Juramentos pra duas mulheres me obrigando a indagação.

me colocaste em um papel tão insano, num teatro de pura maldade onde teu ego ditava as regras e assassinava minha ingenuidade.

Foram anos de puro engano. Foram noites perdidas sem fim...

Mas o tempo o dono da vida me fez então perceber que de nada vale amar sem medidas.

Já não temos contato e e nem quero, minha escrita só reforça o fim do que nunca foi de verdade.

E que tudo chega a seu fim.

Me despeço guardando comigo as últimas tentativas de me ludibriar, mas agradeço aquelas palavras que fizeram enfim despertar... te desejo a felicidade, pois cada um oferece o que tem. Eu te dei a minha verdade e você o que fez?

Geovana Farias
Enviado por Geovana Farias em 07/01/2019
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