confiança

As coisas se tornam diferentes quando se tem algo ou alguém a quem depositar confiança, amor ou qualquer outro sentimento do gênero. É como se fosse uma caixinha onde você poderá, a curto ou longo prazo depositar sentimentos bons.

O problema é que nunca depositamos somente prazeres nesta “caixa”, pois se algo nos incomoda, corremos direto para quem está mais perto ou que tenha um nível de convivência maior. Saberíamos lidar com estes “depósitos”, se ao menos compreendêssemos o quão arrogantes somos, por sempre acharmos que em alguém encontraremos fortaleza.

Há vezes em que devemos entender, que só podemos contar conosco mesmos. E que não adianta descontar as frustrações em outra pessoa, ou achar que devemos algum feito grandioso, a alguém. Gosto de imaginar que estas situações não são tristes, e sim, que de alguma forma somos responsáveis pelos nossos próprios atos, e que um ser humano pode ser decididamete completo por ele mesmo, somente por estar vivo e ter condições de continuar a caminhar.

Sim, partindo do pressuposto de que vivemos em uma sociedade, não estamos sozinhos. Mas este clichê não se aplica à realidade. Não há lugar pra este tipo de hipocrisia na mente de quem já perdeu tudo que tinha, e seus melhores amigos agora não são mais que ratos oportunistas.

Tento não pensar tão negativamente, e compreendo que não temos que nos sentir tristes depois de experiências ruins com outras pessoas, não buscar vingança ou apatia e sim, soluções. Mas tente usar a racionalidade quando tua ira estiver mais acesa e irá perceber que tudo que sairá da sua boca serão palavras frias, premeditadas para ferir, maquinadas rápida mas cuidadosamente no intuito de provocar o maior estrago emocional possível. Ou seja a racionalidade; o único atributo nosso que julgamos nos separar dos animais não passa de mais uma presunção dos vaidosos que nos impõe a idéia de que somos semelhantes ou irmãos.