Para mim...
Se você me perguntasse quem sou eu, certamente não saberia responder com firmeza. Acredito que sou o resultado de ‘sins’ e ‘nãos’ ao longo da vida, resultado de tropeços, decepções, alegrias...Momentos, memórias que me compõem. Esses mesmo momentos que já me destroçaram, feriram e quase não cicatrizaram. Dizem que é daí que vem minha força. Que força? Só existe força quando há opção. Opção de parar, opção de voltar, opção de esquecer. Quando não se pode escolher entre uma coisa e outra, não há força.
O tempo impaciente e acelerado jamais parou enquanto eu me decidisse, sequer fez uma pequena pausa para eu me recompor, um breve momento enquanto eu analisasse qual direção seguir. Ele, o tempo, em sua cadência, segue e não questiona, não ajuda, firme, ele é personificação da imparcialidade, da igualdade. Trata a todos da mesma forma.
Nos dias ruins, respiro fundo, olho para o céu e olho para meu universo particular, vejo no sorriso dele o ultimo sopro de vida e esperança que eu ainda tenho, e então continuo. Injusto, por que ele merece minha melhor versão e tudo que tenho a oferecer é uma soma erros, cicatrizes e um amor incondicional, capaz de me faze sorrir, levantar todos os dias... e ainda tentar ser feliz no processo, mas tudo isso por ele...
Nos dias bons, vejo sinais, pista de que tudo dará certo. Esses dias me inspiram a viver, seguir, lutar. As vezes acredito que eu possa amar e o mais incrível; ser amada. (Tolinha). Eu e toda a minha bagagem. Todos meus “sins”, meus “nãos”, todas minhas cicatrizes, rasas, profundas, até mesmo as que ainda não fecharam. Todas as minhas marcas. Nesse devaneio romântico onde falo de amor e reciprocidade, vejo que os dias bons beiram a loucura. Utopia de um universo onde tudo seria completo, perfeito. Os dias bons, são os mais perigosos. Me furtam a razão, me furtam a realidade, me dão sonhos, esperança. Os dias bons, me matam!
Em meio a essa confusão como poderia me definir, como poderia dizer, quem sou? Apenas respondo como cheguei até aqui..