Carta de um perdido.

Quanto tempo mora no nosso tempo?

Quanta terra separa nossos caminhos?

Quantas lágrimas escorrem na nossa despedida?

Quanto amor pulsa nessa batida?

Quantos esbarraram nossos calcanhares?

E quantos souberam da nossa vida?

Mas qual parada desço na sua esquina?

E qual olhar captura teu afeto?

Quantas estrelas tem no seu céu hoje?

Como nós enfim nos encontraremos?

E quando amar deixou de ser pra ontem?

Arthur Felix, 12 de março de 2019.

Jogo essa carta ao mar na esperança de encontrar-me.

Arthur Felix
Enviado por Arthur Felix em 10/07/2019
Reeditado em 28/06/2021
Código do texto: T6692480
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