Somos impossíveis...

Seus olhos dizem uma infinidade de coisas que não deveriam...

Eu calo, mas correspondo.

Torna-se tão claro quanto qualquer folhetim das 9...

Em cada canto sinto o seu "ficar",

e em nada acrescenta tanto querer...

Em todo desejo mora o impossível,

e estar é um desejo que não posso.

Os instantes são outros e cada novo, irreal.

Em cada despertar são outros os bocejos,

outras vozes cantam a manhã,

são outras bocas que tocam o café.

Seus olhos eternizam coisas que não serão.

E meus lábios correspondem a isso.

O amor chegou calando o que deveríamos gritar.

s.

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 03/05/2020
Reeditado em 05/05/2020
Código do texto: T6935792
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