17- tu, nebulosa.

17. Carta a minha nebulosa,

Peço a ti anistia,

Por não saber o que sinto em poesia...

Pois como os papéis em branco da escrivaninha,

Esperei você para escrever minha história de amor...

Posso não ser a melhor do mundo, pelo contrário, sou cheia de imperfeições, de medos bobos, segredos obscuros, tomada de erros e imposições... Mas meu amor, é, meu amor... Nunca pensei que pudesse me jogar com tudo, ou se um dia alcançaria isso, a cor sublime de teus olhos castanhos, e as curvas de teu sorriso.

Não quero parecer clichê, porque odeio tudo isso, mas quando se trata de você, abnego até de meus vícios; não quero ir rápido de mais, porque quero sentir cada traço de teu rosto, perscrutar minuciosamente, o aconchego de teu corpo... Você não me completa, você me transborda num oceano variável de sentimentos, enquanto eu me desmonto, tu faz morada aqui dentro...

Do meu universo tu és o infinito; de medos e insegurança, tu és humano... eu diria até '' eu te amo''.

Nunca pensei que isso aconteceria comigo, talvez seja verdade, em todas as multirealidades, tu sejas o '' escolhido''...

Não posso mudar o passado, nem desconstruir nossos abismos, mas se há algo que pode ser multado, é a escolha de querer meu futuro.

-Ele é contigo.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 26/09/2020
Reeditado em 26/09/2020
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