O PALCO VAZIO

O PALCO VAZIO

O palco está iluminado. Luz fria de ensaio,

Tudo vazio. Parado. Impassíveis cenários.

“Imagens veem à minha mente.”

Pessoas paramentadas, personagens caminhando,

buscam seu momento de celebração,

São um turbilhão de personagens

e espetáculos acontecendo simultaneamente,

todos ali, ao mesmo tempo, quase ao vivo,

no mesmo lugar.

Sento-me na penúltima fila, na segunda cadeira,

Arrebatado para fora de mim, flores nas mãos,

vou ao camarim, o coração a bater diferente.

Uma estrela dourada sobrepõe o nome dela

daquela que despedaçou a plateia

com sua beleza, leveza, magia.

Junto a porta, paro. Não bati, estanquei ali,

pétreo, pálido, gelado.

Agora estou no palco vejo a plateia.

Luz sobre mim. Olhos alheios grudados,

observando cada gesto, cada palavra, cada passo.

Vejo-me lá, sentado na segunda cadeira, da penúltima fila.

Espectador de todos esses dramas.

E o palco, está iluminado com a luz fria de ensaio.

OBRIGADO VAL BERNADINO, GOSTEI DO ENRIQUECIMENTO DA MINHA PÁGINA. OBRIGADO, OBRIGADO, OBRIGADO. É ISTO, GHUMA

XÍCARA DE CAFÉ

A rua está deserta

O palco está tristonho

Na beira do caminho

O artista traduz o roteiro...

Ah! Vida que segue as estreitas

Trazendo risos e choros

Na cadeira descansa os pés

Passando as escritas da cena

Num gole de café

Deixando essência rolar aos ventos

Surge a doce magia

Cantada a beira da estrada

O teatro chora com as cortinas

O assento cativas o olhar...

Chorando ficam os olhos

Vendo o tempo passar

Nada mais é frio

Nada intimida a alma artista

Quando o frio corta a pele

Fecha a cortina para chorar!!

VAL BERNADINO

Arthur Ghuma
Enviado por Arthur Ghuma em 08/12/2020
Reeditado em 31/10/2021
Código do texto: T7131052
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.