O PALCO VAZIO
O PALCO VAZIO
O palco está iluminado. Luz fria de ensaio,
Tudo vazio. Parado. Impassíveis cenários.
“Imagens veem à minha mente.”
Pessoas paramentadas, personagens caminhando,
buscam seu momento de celebração,
São um turbilhão de personagens
e espetáculos acontecendo simultaneamente,
todos ali, ao mesmo tempo, quase ao vivo,
no mesmo lugar.
Sento-me na penúltima fila, na segunda cadeira,
Arrebatado para fora de mim, flores nas mãos,
vou ao camarim, o coração a bater diferente.
Uma estrela dourada sobrepõe o nome dela
daquela que despedaçou a plateia
com sua beleza, leveza, magia.
Junto a porta, paro. Não bati, estanquei ali,
pétreo, pálido, gelado.
Agora estou no palco vejo a plateia.
Luz sobre mim. Olhos alheios grudados,
observando cada gesto, cada palavra, cada passo.
Vejo-me lá, sentado na segunda cadeira, da penúltima fila.
Espectador de todos esses dramas.
E o palco, está iluminado com a luz fria de ensaio.
OBRIGADO VAL BERNADINO, GOSTEI DO ENRIQUECIMENTO DA MINHA PÁGINA. OBRIGADO, OBRIGADO, OBRIGADO. É ISTO, GHUMA
XÍCARA DE CAFÉ
A rua está deserta
O palco está tristonho
Na beira do caminho
O artista traduz o roteiro...
Ah! Vida que segue as estreitas
Trazendo risos e choros
Na cadeira descansa os pés
Passando as escritas da cena
Num gole de café
Deixando essência rolar aos ventos
Surge a doce magia
Cantada a beira da estrada
O teatro chora com as cortinas
O assento cativas o olhar...
Chorando ficam os olhos
Vendo o tempo passar
Nada mais é frio
Nada intimida a alma artista
Quando o frio corta a pele
Fecha a cortina para chorar!!
VAL BERNADINO