Um Adeus Famíliar

 

Ontem...

Hoje...

Amanhã...

 

Ontem... Eu brincava no quintal de casa, meu mundo, meu universo.

 

Eu amava, e, ainda de certa forma amo, à todos presentes naquela atmosfera constituída "LAR", até mesmo, aqueles que de alguma forma machuquei ou que machucou-me sem razão.

 

Só por que eu não fiz exatamente como queriam ou por simplesmente lutar pelo/no que acreditava.

Estar certo... Julgar... Ter o devido apoio dos meus, de alguma forma parecia coexistir.

(Inútil pensamento).

 

Aqueles que dei a mão, hoje, se intitulam auto-sufientes, não e nunca teve ajuda nenhuma de ninguém, enfim...

Ainda os amo do meu jeito hostil, carinhoso e anônimo.

 

São sobrinhos que me esqueceram por não comungar da bem afeiçoada vida financeira.

Embora eu não tenha esquecido deles(as).

 

Dos irmãos...

 

Da mais velha, apesar de distante em anos, sem ter-mos tido grandes conversas ou brincadeiras; tornei-me e fiz-me ausente por questões hereditárias.

 

Hoje ainda mantendo distância consigo, de vez em quando e na maioria das vezes. busco uma ajuda, sentindo que assim tenho um pequeno acesso.

 

Em outros dias... Para se chegar a esta ilha, dependo de algum vendaval, mais, sou surpreendido por um telefonema seja feito por vontade própria ou pela razão de sua crença. Irrelevante.

Quanto a mim!

O que faço para me aproximar mais?

 

A seguinte ou segunda na hierarquia, esta eu já era mais chegado, ou sou, não sei ao certo...

Até afastar-nos por razões meramente infundadas, em prol de outros, de uma lealdade a quem nunca foi leal, enfim, sinto saudades daquele tempo.

 

Da mão que sempre me ajudou e ainda me ajuda,1 não posso negar. Me corrói ainda dever os R$ 950.00, mais, tudo que ganho compro o que considero ser primordial. Um irmão meu esteja certo:

"Eu quando devo, deixo meus filhos com fome e pago".

Eu devi a ele e ouvi isso, para que eu deixasse de dar a minha filha para que pagasse, enfim, não faz parte desse contexto, é sobre ela... Com ela é/foi diferente, nunca em nenhum momento fui cobrado, lembrado talvez, mais não cobrado.

Queria ter-la de volta... Mais, com certeza à perderia de novo.

 

A essa... Terceira na escala que parece ter pisado no rastro de corno, a parte, não fraca, mas, que levou a vida assim como eu acreditando em sonhos, sem se lembrar que até para sonhar temos que fazer algo (Dormir), e foi o que fizemos, nada, esperamos que brotasse ou que outros nos desse. O tempo passa, a idade chega, as oportunidades diminuem e acabamos assim. Ainda há vida e ainda temos chance.

 

Torço e sei que ela vai conquistar o tão desejado sonho.

 

A animação fica a critério desta outra, no quarto lugar, minha revisora particular tendo que ler as merdas que escrevo e dizer:

"Está lindo"

Sempre me fazendo parecer importante, filósofo, me dando apoio, mesmo que, caso seja só por ser. Com ilusões ou não eu gosto.

 

O sexto, onde a aproximação era maior, mas, que parecia de alguma forma afetar a natureza. O personagem citado anteriormente, hoje, por algum motivo, extende a mão que sempre me foi negada.

Nada muda...

 

Hoje fico lembrando de todos, à beira desse muro na RedeMix, seus aspectos peculiares, tudo que tive e dei, momentos falhos, palavras malditas, abraços sinceros de pessoas que passaram por mim, das que machuquei merecidamente ou não.

 

Não estou triste, nem alegre, infeliz ou feliz, apenas estou... À beira desse muro, deixando meu corpo extender-se até o solo.

 

Amanhã serei esquecido, apagado das lembranças, um nome qualquer numa lápide, sem desenho, sem escrita, sem imaginação nem recordações de quando eramos família.

 

Apesar de tantos, até em nosso meio, lutarem para nos separar. Mandando a todos sair de sua casa.

 

A vocês meus irmãos, me despeço. Deixo aqui um pedido, lembrem de mim sem rancor, apenas naquele que até hoje tentou ser o melhor "Favor" feito para vocês.

Que também dançava e se aventurava.

 

Adeus.

 

Texto: Um Adeus Familiar

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 16/11/2021

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 17/11/2021
Reeditado em 17/11/2021
Código do texto: T7387332
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