QUERIDA, ANNA LAURA!

Não tive coragem de apagar nossas fotos e nem aquele vídeo de você bebezinha segurando o meu dedo que estão publicadas no meu Instagram. Eu te amei desde o ventre de sua mamãe e é com lágrimas brotando nos meus olhos que te escrevo essas palavras com a esperança de que você leia algum dia.

Eu sei que você está me esperando para me mostrar seus brinquedos novos e para dançarmos Blackpink na sala até nos cansarmos. Sinto tanta falta do “titia, vamos brincar?”, da sua energia e de te ouvir tagarelar sem parar, de te pegar no colo, apertar e morder... só pra ouvir sua risada gostosa e vibrante!

Sinto muito por não poder te ver mais, por não poder segurar na sua mão enquanto rabisca as primeiras palavras, por não poder te ensinar a ler e nem treinar contigo algumas pronúncias em inglês. Me perdoe por não poder cumprir a promessa de ler um livro de história juntas, de não poder mais ajudar na organização dos seus aniversários, de encher os balões e enrolar os brigadeiros. Como eu amava fazer isso para você!

Aquela senha de atendimento médico que fez a próprio punho que você me deu quando brincamos de boneca, que tanto me explicou que era pra eu levar na próxima vez que a gente se visse pra darmos continuidade a nossa brincadeira, posso usar agora para poder te ver, Dra. Brinquedo?

Os adultos são muito complicados e infelizmente eu tive que partir. A última lembrança sua que tenho é de você me dizendo “tchau, titia”, mas não imaginava que seria uma despedida de verdade. Não sei como irão explicar sobre a minha ausência para você ou se simplesmente vão deixar que minha presença seja apagada de suas lembranças. Mas quero que saiba que o meu coração é o seu castelo, minha princesinha! E você sempre estará nas minhas melhores memórias afetivas.

Com amor,

Titia Adenize.

Adenize Cardoso
Enviado por Adenize Cardoso em 05/06/2022
Reeditado em 06/07/2022
Código do texto: T7531306
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