O querer
Eu sinto tua falta. Sinto como se um dia já tivesses sido meu — e nunca foste, e talvez nunca sejas. Pois não dá para ter pessoas, apenas estar com elas... às vezes, acho que nem isso é possível.
Já é tão difícil pertencer a si mesmo, e a sensação de pertencer ao outro consome o peito e cutuca os ossos. É uma angústia que cresce no peito, sobe à cabeça e se estende por cada célula do meu corpo. Cada célula do meu corpo te clama.
Quero-te neste momento, mas respeitarei teu tempo. Estarei aqui, esperando para vivermos um futuro que talvez nem exista. Me ancoro na esperança de um possível encontro, onde nossas almas finalmente se conectem — como deveria ser. Ou talvez não seja. E tudo bem (ou pelo menos tento acreditar que está).
Eu te encontrei, e não quero mais te desencontrar. Não quero correr — não tenho para onde fugir. Estou aqui, parada, com o sentimento pulsante do querer, e estou satisfeita (ou não) em apenas sentir. Sentir por você. Te admirar de longe. E esperar que, um dia, tu te aproximes novamente... e eu possa te enxergar além dos olhos da alma.