Você é vertebrado e unilateral, amar você ecoa pelas tangentes
Quando você passa a entender que amar alguém não é um "statuo quo", é ser submisso ao outro no seu estado mais "in natura" e aceitar ridicularmente o outro como é. Não há molde. Não há premissa de que transformar o outro, realize você como parte do casal. As vezes, o destaque desse amor é justamente a inoperância e a ridicularidade dos defeitos do outro.
Como posso, eu, enquanto ser imperfeito exigir que ele, no ato mais breve, seja o exato da minha busca. Quando o jeito desajeitado com as palavras, a promiscuidade fácil e o tom sem nobreza da sua risada, a envergadura da sua razão o torne tão fascinante para mim. Como entregar você as lobos, amando o como cordeiro.
De sorriso fácil, me submetir a amar sua essência, até mesmo o jeito estridente que prova "um ponto". É inflexivel ao outro e ao mesmo tempo gigante em moralidade e afeto.
Você é vertebrado e unilateral, amar você ecoa pelas tangentes. Não posso mudar você, se dentro de mim há moradia permante. Você é o meu caos mais nobre e aceito. Meu céu iluminado e o ultimo passo de dança antes de um desastre. Sim, dentre todas as outras opções, eu ainda torno nosso amor majestoso aos olhos e incandescente a alma. Pra você todas as juros de amor. Um amor aceito e submisso.