Antes que me leiam; escrevo pra mim mesmo,falo de coisas às vezes tristes, uma tristeza lírica e triste porque lírica; falo de buracos negros, de portas abertas ao infinito, de palavras que escapolem de universos outros que nem sei se existem, de dor “que deveras existe" tentado apenas por uma vontade de expressar no papel essa alma mais que irrequieta que em mim se aloja, alma, espírito ou mente, aliás, os ingleses não distinguem espírito de mente; a palavra "mind", explica o interior, o subjetivo de cada um; mas como estava dizendo meus pacientes leitores, que tem estomago e bofes para digerir minha verborragia histriônica, por vezes cheia de vícios de linguagem, erros de grafia, que só depois mais sóbrio eu mesmo vejo que exagerei na doze, porque afinal, arte não seria  expressão da beleza, ninguém quer ler alguém amargo, por vezes venenoso, ou melancólico demais, afinal, tudo isso no fundo,  está no reino da distração, do entretenimento, e sou uma pessoa que pensa  como Pessoa, na  voz de Alberto Caeiro “... pensar é estar doente dos olhos." Também ninguém é obrigado a concordar e nem mesmo comentar algo que não lhe encante; para eu a força de um texto está mais nas imagens que ele propõe do que até o conteúdo; talvez fosse eu no caso um surrealista, se bem que não sou chegado a escolas, mas confesso, gosto muito dos surrealistas, sobretudo  de Roger Vitrac, Dali, Breton, ou dos simbolistas, principalmente Rimbaud, Verlaine, Marlamée; mas ficar citando nomes, caro leitor, parece um coisa enfadonha para não dizer esnobe, principalmente numa época em que está em moda falar de múltiplas influências, e citar autores brasileiros é quase que uma obrigação; mas claro amigo que tenho influências pátrias, é obvio, nasci no sertão da Bahia como descrevi num poema meu chamado "Minha Aldeia" publicado aqui no recanto, só cito quem me influenciou, minhas influências literárias e musicais são tantas que se eu fosse falar de cada uma passaria da conta e.... você aborrecido com tantos nomes iria logo abandonar a leitura de magro escrito. Falo estas coisas porque desde que comecei a publicar nesse recanto que venho recebendo e-mails de leitores, ou de um leitor que me persegue. Na primeira prosa poética que escrevi, e gosto da prosa poética porque é o tipo de texto literário que em minha opinião dá  mais liberdade para um pretenso escritor, como eu,  poder se expressar. Mas como estava dizendo, esse leitor questionou se aquilo era prosa e se eu sabia por um acaso o que seria prosa e me desafiou e como sou chegado a um desafio escrevi um poema "amor e flor" onde expresso minha visão sobre a poesia, mas o petulante do leitor não fez mais nenhum comentário ao texto, apenas me mandou um e-mail me dizendo” é até que dá" bom segui publicando minhas coisinhas aqui no recanto aí fiz um poema chamado  "senza vapore",  "Madrugada" e logo em seguida publiquei "olhando as nuvens" aí recebi um e-mail de outro leitor que  disse : aterrize.

 
Labareda
Enviado por Labareda em 27/04/2008
Reeditado em 13/06/2014
Código do texto: T964949
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