Vizinho BBB

Eu morava num apartamento bem grande, próximo ao pão de açúcar, morava só nessa época, certo dia final de tarde fui ao pão de açúcar e fiquei jogando conversa fora com uma amiga adorável. Nas mesinhas do pão de açúcar lanchando. Logo, vi um senhor muito estranho, pois ele parecia nos observar. Ficou por ali só olhando produtos sem nada comprar. Sentou na mesa vizinha a nossa e puxou assunto com a minha amiga, logo ele estava sentado em nossa mesa. Quando fui embora dei um cartão meu a minha amiga e educadamente, dei um cartão meu a ele também.

No apartamento que eu morava ficava bem de frente a um poste e a luz do poste invadida meu quarto, muitas vezes eu nem ligava a luz do meu quarto e estava em minha rede ouvindo música e o telefone tocou tarde da noite, tipo onze horas, fui atender é uma voz de homem disse: acende a luz do teu quarto, quero te ver! Eu geleia na hora!(me perguntei: quem poderia saber que eu estava com a luz do meu quarto apagada) e perguntei: quem é? E ele disse ser o tal homem que vi no pão de açúcar.

Detalhe, em frente ao meu prédio não existia prédio algum, só no quarteirão seguinte! E eu morava no sexto andar, isso significava que aquele homem devia me observar há um bom tempo com algo tipo binóculos, tipo assim.

Desliguei o telefone e fui até a janela e fechei a janela e a cortina e assim permaneceram até eu me mudar! Fiquei pensando em quantas vezes aquele doente havia me observado, sem eu saber de nada.

Por isso, me mudei super rápido!

Eu já tinha ouvido falar de pessoas doentes que gostavam de observar os outros na surdina, acho que porque não tem vida própria. Um absurdo! Tenho nojo!

Fui na delegacia dar uma queixa e o delegado me disse: Com certeza, ele está lhe observando há muito tempo. Mas o que ele faz é errado, mas não é crime! Porque não há invasão física, ele está dentro do apartamento dele e pode fazer o que quiser... Me senti muito desamparada pela lei.

Mudei muito rápido desse apartamento. Kkkkk como se diz: os incomodados que se retirem!

Celia Barreira Queiroz

celia barreira queiroz
Enviado por celia barreira queiroz em 05/12/2017
Reeditado em 06/12/2017
Código do texto: T6191243
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