Doente de amor

Desde muito cedo haviam incertezas naquela criança, fatos que ocorreram acometeram embaralhar ainda mais o seu frágil coração.

Abandonado, sujeito ao desprezo, foi levando anos e mais anos de inteira complexidade.

Prematuramente foi jogado em um poço vazio, lá pôde ver a real escuridão, seus medos e anseios em litígio puro, a esperança remanescente e a ausência de mudança era nítida apenas com o olhar.

Algumas vezes naufragava em um mar de dor,

com seu barco sem motor e remos, à deriva e para aonde o balançar o levasse, era reprimido por tudo, a condição dele era insuportável, ambientes hostis era de praxe em sua vida.

Uma vez ou outra avistava pontes de flores, as quais davam para emoções momentâneas, certas horas evitava de passar por elas, pois se parasse para perceber, notava que as mesmas eram secas e descoloridas, uma mera ilusão de seu pensamento.

Amou algumas garotas na fase da adolescência, entretanto, foram amores "piratas", que não possuíam a legitimidade. Andou por alamedas apinhadas de mentiras, se escondeu nas ludíbrias sensações, insólito, se transformou, e na intenção de achar o que procurava, perdeu o que ainda lhe restava. Quebrou a cara com o amor quimérico, e fez curativo na alma com bebedices e outras coisas.

Se afogou em doses, tecos, tragos, puxões...

Catou lixo em roda de "amigos", se jogou para o real abismo.

Pulou de costas de um penhasco, se quebrou todo, se tornou um fiasco.

Em sua prisão que agora era dentro de casa, viu demônios e preferiu ignora-los, passou de mal a pior, consumiu pedras que não eram para ficar no caminho , fumou o fôlego, e esse já estava com efizema, deu tecos na morte e tragou todo mal para sua frágil mente.

Caiu em um poça podre, foi posto como comida para abutres, empalamado, débil, quase encontrou o endereço do inferno.

Exausto de tudo, seu coração batia bem fraco, sua alma quase fora, o jovem estava partindo para o fim...

"Muitas pessoas estão nesse exato momento doentes, não só fisicamente, doentes espiritualmente. Falta Jesus nos corações de nossas crianças, jovens e adultos, falta amor verdadeiro em nossas atitudes.

Passamos pelas pessoas e nem se quer olhamos, achamos ser superiores, carregamos orgulho intenso no peito, somos meros seres racionais que justificam a vida pelo livre arbítrio, contudo, não se esqueçam, devemos amar nossos semelhantes, independente das escolhas deles".

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 08/01/2018
Reeditado em 20/01/2018
Código do texto: T6220230
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