A noiva de mairiporã

Tudo estava tão calmo naquele dia,pessoas passeavam pela rua,crianças corriam brincando de pega pega, e a frescura da tarde estava convidativa, para que as pessoas ficassem até mais tarde na rua.Marcela e Fernando já estavam chegando em casa,quando algo chamou a atenção deles,aquela noiva muito bonita circulava por entre as pessoas que pareciam não vê-la!Ficaram extasiados com a beleza da moça até que ela passou por entre uns jovens que nem se quer olharam para ela,ops...Tem algo muito estranho e esquisito nisso tudo ,Marcela e Fernando se entreolharam e logo notaram que a moça flutuava ,não tocava o chão,era isso, só eles conseguiam vê-la.

Quando perceberam que se tratava de um fantasma, saíram correndo de lá(desbanguelaram,cataram cavaco,viraram pó na capoeira )enfim chegaram rápido em casa.Começaram a contar o que tinham visto para a mãe,que não exitou em dar-lhes uma surra ,para que não inventasse esse tipo de história,choraram muito e decidiram que não contaria mais nada para a mãe.No outro dia dona Catarina lavou muita roupa e seu tanque ficava de frente com a rua,deixou algumas roupas de molho para lavar mais tarde.No mesmo dia à tarde ,dona Catarina foi terminar de por a roupa no varal,quando de repente ...À noiva estava lá...igualzinha a que os meninos descreveram Flu tu an do !Dona Catarina entrou voando para a casa e pediu desculpas para as crianças ,por não ter acreditado nelas.

No outro dia dona Catarina foi perguntar para os vizinhos sobre a tal

noiva ,ficou sabendo que se tratava do fantasma de uma moça que descobriu a traição de seu noivo no dia do seu casamento,e que não

suportando a dor ,atirou-se de cima da ponte das Sete Quedas vestida de noiva,e desde então deu-se as aparições.As pessoas relatam tê-la vista nas imediações da prainha,vila dos remédios entre outros lugares.

Um jovem chamado José Inácio a viu encostada em uma árvore,um

outro afirma tê-la visto flutuando no topo de uma árvore.Ambos nunca mais se atrasaram para chegar em casa ,chegam sempre antes da hora

e com a língua para fora de tanto correr e quando passam perto da tal árvore não olham para cima ,"nem a vaca tussa".

Esse é mais um dos causos de Mairiporã.