Aulas de Boas Maneiras

Era no tempo que os colégios de freiras, além das matérias curriculares e do ensino de Religião, ainda ensinavam Boas Maneiras (era essa a expressão usada, avia uma grande preocupação em ensinar as alunas a se comportar como verdaeiras damas na sociedade. Essas aulas tinham a mesma importância das demais matérias. Eram sempre ministradas por alguém com trânsito na sociedade, entendidas em etiqueta e demais peculiaridades da vida social e outras bobagens.

Numa certa ciade do interior pernambucano, havia um desses colégios que possuía uma professora renomada só para ministrar aulas de boas maneiras, principalmente as etiquetas sociais. E didaticamente..

Acontece que a professora dessa matéria era muma mulher muito rigorosa, detalhista, metida a requintada, exigente e chata paca. Não ficava só no feijão com arroz, no garfo e faca, comportamento e outras miudezas, ela avançava ensinando a andar (as alunas tinham que desfilar com livros sobre a cabeça), simular estar em jantares finos, cumprimentando figuras importantes, enfim, como se fossem participantes do grande mundo da elite das elites. Detalhe: qando dava suas aulas ela representava como uma atriz, inclusive fazendo as mungangas sociais, principalmente na fala e gestos. Era obsessiva no ensino do como se portar na sociedade.

Um certo dia ela resolveu dar uma aula especial, mas avisou que era algo confidencial mas importantíssimo na vida social: como disfarçar soltar flatos inevitáveis. É claro que teve que esclarecer que flato era chamado pelo populacho (era assim que tratava o povo em geral) de peido, bufa e pum. Começou dizendo que os flatos, infelizmente, erm inevitáveis, se deviam a problemas estomacais, má digestão e etc e cisa e tal. Mas uma dama quando não pudesse de jeito nenhum evitá-los devia disfarçá-los. E foi à parte didática, explicando como agir nas situações que o peido, digo o flato, fosse inevitável. Fazendo mungangas, ensinou que devia-se disfarçar o peido esticando a perna esquerda em se tratando de pessoas destras e a esquerda no caso de canhotas, além de esticar também a espinha, sso fazia o flato sair suave, mas se sentisse que seria estrepitoso, aí devia-se simular uma crise de tosse, e tossiu forte como se estivesse com coqueluche. Quando ao "aroma"devia-se sempre andar bem perfumada. Repetiu varias vezes a simulação de estar soltando um peido.

Nenhuma das alunas riu, mas todas tiveram muita vontade assistindo aquela vontade, vendo a professora simulando estar disfarçando peidos, inclusive uma mocinha muito irreverente e popular na cidade, tipo gozadora. Não segurou a confidencialidade da aula sobre disfarçar peidos. De noite, na praça do cinema, no meio de vários rapazes, moças e ourras pessoas começou a falar sobre a aula dos peidos, inclusive imitando as mungangas da professora. É claro que o assunto como dizemos hoje viralizou, espalhou-se na cidade, as pessoas riam, virou gozação e como era de se esperar a professora começou a ser aelidda de professora de peido. Quando pintava na rua os moleques gritavam: - Professora de peido! Começou a sr evitada até pela sociedade em que pontificava. Resultado teve que se mudar da cidade, foi ensinar boas maneiras, inclusive omo disfarçar peidos noutras plagas. O populacho da cidade foi cruel. Cidade atrasada. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 18/06/2019
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