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                             RAPTO EM MARROCOS

Esta história é real, se passa no começo  do século XIX.
Ele era o Guarda Mor, Oficial Militar, responsável pelas tropas
da Região de Franca, homem de muitas posses, não se sabe
bem ao certo a razão, esteve ele no Marrocos e lá se encantou
por uma moça da tribo Berbere.
Com a tranquilidade dos que achavam natural tomar posse das
pessoas, pois naquela época ainda havia a escravidão no Brasil,
ele a trouxe para o Brasil e deu a ela um nome diferente do que
ela tinha em sua Terra Natal, rebatizaram-na : Brasilina.
A moça deve ter sofrido muito em deixar a família para trás.
Ele, José Antônio Diniz Junqueira era casado e teve com ela
um relacionamento extra-conjugal.
Tiveram filhos, não sabemos exatamente quantos, mas uma filha
deles, Maria Cândida Junqueira Costa, ou Ana Cândida, nasceu deste relacionamento.
Ela teve um filho: Heliodoro Ignácio Junqueira Costa que veio a
ser meu avô, pai de meu pai.
Dizem que a moça Berbere gostava de comer queijo ralado na cuia,
era costume lá no Marrocos comerem assim, sem talheres.
Dizem também que ela foi ficando triste e acabou morrendo de Banzo.
Há um ano mais ou menos minha filha esteve numa fazenda um
pouco distante daqui e viu a árvore genealógica da Família Junqueira
e o nome do meu Tataravô José Antônio Diniz Junqueira.
Pelo que consta ele se casou duas vezes mas o nome da minha
Tataravó Brasilina não consta pois seu relacionamento era extra conjugal.
Vou fazer mais pesquisas para completar este Conto. Acho interessante
para deixar para as gerações futuras.
Uma triste realidade de tempos obscuros.

Que meus antepassados estejam em paz.



                    
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 18/09/2019
Reeditado em 18/09/2019
Código do texto: T6748360
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