DEPOIS DA CURVA?
 
 
Tempo que em silêncio acena,
corpo já cansado da lida, segue...
O devaneio já não encena
tantas alegorias irreais.
Quero apenas a calmaria
do seu corpo abrigo,
o laço forte do abraço...
A vida comungada, a estesia
das estações, o ombro amigo
e uma canção de paz!
 
Revejo todo o trajeto percorrido
e apesar dos contratempos
valeu a pena tudo ter sentido.
Amei, procriei, abri sóis na madrugada
pois a poesia sempre esteve comigo
e contracenava com os momentos
onde a palavra não revelava nada!
Um só olhar era o bastante
para expressar os sentimentos
e alcançar a felicidade do instante. 
 
Depois da curva? Não imagino o que há...
Só haverei de saber quando chegar lá!

 
05/02/2010

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 10/04/2010
Reeditado em 25/06/2011
Código do texto: T2188604