LUZ

Era tanta luz que recebia
que o sol dela escondia
e era tão forte a luz que descobria
que os mortais dela corria
 
Luz que tudo invadia.
 
Era luz que a tudo cobria
luz sem arco-íris
que queria brilhar sozinha
e que se tornou sombria
 
Luz que a tudo escurecia
 
Ah...quanta luz maravilhosa
poderia ser se não fosse alcova misteriosa.
Quem dera fosse arcanjo esperança
descendo na terra em confiança.
 
Luz que nada sentia.
 
Pobre luz que nada sabia
do poder que tinha
nas impurezas que invadia
pois luz pura, limpa e não se contamina.
 
Luz que não acendia
 
E era tanta luz abandonda
que tremia de frio, sendo quentura atormentada
Pobre coitada que buscava nos homens
o calor das noites debruçada
 
 
Luz despetalada, sem calor, sem harmonia

Sandra Lúcia Ceccon Perazzo
Novembro/2006