O RETORNO

(Sócrates Di Lima)

O dia amanheceu radiante,

Lã fora o céu azulado queimava a pele bronzeada,

Uma brisa fresca sob um sol brilhante,

Me fez sentir um homem de alma pacificada.

Era manhãzinha, acabara de acordar,

Apesar de uma noite de pouca dormida.,

Meu corpo resistia a deixar aquele lugar,

Morada do amor de uma noite bem vivida.

Foi nas entranhas dessa noite feliz e acabada,

Que senti a vida bailar em uma vontade atrevida.,

Na ponta da libido a desejada fome embevecida,

No sustentáculo que elevou a satisfação querida.

E numa cama redonda, lençóis e fronhas levemente perfumadas,

Pelo odor afrodisíaco do corpo dela.,

Fez-se o ritual do amor entre duas pessoas amadas,

Que por longos e incansáveis momentos sentiam vontades renovadas.

O amor perpetuou o encontro em todos os sentidos,

O amor lavou a alma com água de sândalo natural.,

E o cheiro extenuante dos desejos resolvidos,

Que se envolveram e se extenuaram no amor fatal.

E quando o dia amanheceu e a hora da partida chegou,

Os olhos exclamaram em saudades como adorno.,

Enchendo-se de esperança em reviver o que passou,

Em outro longo e alucinante retorno.

Cada retorno faz dela um ser tão especial e cheio de luz,

Que se não existisse eu a inventava e lhe daria vida.,

Para que seja sempre a mulher que me seduz,

No eterno e insaciável desejo de tantas horas vividas.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 11/04/2009
Reeditado em 31/08/2010
Código do texto: T1533760
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