AMOR ADOLESCENTE

Maria sentiu-se mal, tonta, enjoada. Ela poderia estar morta! Não estava em casa quando Roberto foi preso. Mas, a sensação que tinha era de que tinha de lutar muita mais pela vida agora, sim, Deus, deu uma segunda chance a ela. E, sabia, poderia voltar a escutar, com o tempo e tratamento, ainda era distante essa possibilidade, mas poderia voltar a escutar, agora não chorava mais, só agradecia a deus por estar viva, dentro dessa roda de intrigas, que havia sido formada pelo Roberto.

Ele, sabia tudo que acontecia com Fernando, e era quem contava para Maíra, com detalhes que ele colocava, aumentava. E, Maíra, no início, ficou com raiva, mas com o tempo ia se distanciando de Fernando e foi assim que conheceu seu mais novo amor, Sebastian, um espanhol rico e sedutor que a deixava louca com elogios e agrados, fazia tudo por ela, enquanto ela via Fernando ir se distanciando dela, ela mesma já pensava em terminar com o noivado. Foi isso que declarou no depoimento que deu à polícia, teve que vir da Espanha para se defender, porque ninguém acreditava que ela não estaria por trás de Roberto. Ela, riu tristemente desta desconfiança, era por demais consciente de sua beleza e dinheiro para se prender a alguém que estava claramente interessado só, o seu dinheiro e em subir na carreira. Foi liberada para voltar à Espanha desde que se comprometesse a voltar quando fosse necessário.

Roberto estava completamente transtornado, ria e chorava, pelo que fez ao seu melhor aimgo, às vezes parecia que tinha alguma consciência mas era por poucos segundos, logo voltava seu rancor por não ter o mesmo reconhecimento que Fernando. Estava internado numa casa de custódia. Mas, sem chances de melhorar tão cedo. Seria preciso muito apoio da família, que ele não tinha, que muito tratamento e terapia. Sim, dava pena de Roberto, que antes tinha tudo pela frente e hoje, era mais um pobre coitado sem consciência, nem perspectiva de vida útil, depois de tudo que havia acontecido.

Mariani Batista
Enviado por Mariani Batista em 26/12/2011
Reeditado em 26/12/2011
Código do texto: T3406854
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