O Segredo de uma Entrega total

Aquela parecia uma noite igual as demais, Carlos Rendes buscando sua esposa no trabalho para levá-la para casa como de costume. Ao entrar no carro Cris Ellen foi surpreendida por um beijo como há muito não acontecia. Seu marido sugou-a com tanta volúpia que não parecia o mesmo homem com quem convivia há 10 anos. Achou estranho e só soltou um '-Hum que delícia!' para não quebrar o encantamento e, seguiram calados, mas com ar de expectativa, pois algo estava diferente. Depois de anos, Cris via seu companheiro tratá-la com prazer, uma ledice que só aconteceu nos primeiros meses do romance. Quando entraram em casa, Cris foi ao toalete trocar de roupa e colocar uma lingerie. Qual a surpresa quando saiu: Carlos estava despido! Vestia apenas uma cueca vermelha. Espantada refletiu mais uma vez no que poderia estar acontecendo. Todavia isso ficou só no pensamento, afinal, queria sentir tudo que parecia estar por vir com seu homem, seu amor, seu macho! Conversaram alguns assuntos do dia e inesperadamente ele tocou seus seios entumecidos com os lábios, arrepiou-a por inteiro, provocando umidade desde 'cima até embaixo', Cris babou e, babou e babou! Em seguida Carlos foi descendo e beijando e descendo e sugando... Cris não acreditava no que acontecia: 'Meu homem, acariciando-me por inteiro sem apelar para as rapinhas do dia-a-dia ou por um acessório para apimentar. O que será que aconteceu?' - pensou e logo deixou de pensar estava tomada pela anestesia clímax fora da razão. Permitiu-se deliciar aquele homem que amava, mas que pelo cotidiano haviam se afastado de momentos como este. Sua entrega foi total, a cada beijo um aspirar fundo e satisfatório, cada carícia por mais selvagem que fosse era bem-vinda, variavam as posições sem falar, degustavam-se dos pés à cabeça, conversavam com o olhar, seus corpos formavam um outro corpo uno de dois, um terceiro ser capaz de transcender a razão e ecoar emoções pelos poros, pelo respirar, pelo vai, pelo vem, pela intensidade, mas principalmente, pelo desejo de estar um no outro inteiramente com as químicas naturais que dantes possuíam muito e, que pelo comodismo, deixaram de produzir com mais frequência, Entretanto, naquele momento afloraram e como afloraram! E mais... naquele instante conheciam-se mais podendo reconhecer-se um no outro e reciprocamente doar-se por inteiro! Viam-se em orgasmos mútuos, juntos, sem egoísmos! Ficaram deliciando-se durante toda a noite e só deram conta da hora com o raiar do sol que penetrava pela brecha na janela. Ambos não acreditavam que pudessem se amar daquela forma incessante, mas Carlos confessou para Cris o que havia acontecido, um amigo havia perdido sua esposa naquele dia em um acidente de carro vindo à óbito na hora. No instante em que viu seu amigo sofrendo a dor de sua perda, ocorreu-lhe que o mesmo poderia ter acontecido consigo. Saiu desesperadamente ao encontro de Cris para amá-la na esperança de nunca perdê-la.

Jaqueline Cristina
Enviado por Jaqueline Cristina em 13/08/2012
Código do texto: T3828160
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