Naquela noite ele estava muito cansado.
 
Aguardava a rápida conclusão das aulas noturnas revelando uma maior ansiedade. Um banho refrescante, uma modesta refeição e o sono tão desejado seu coração demais almejava.
Um imprevisto alterou totalmente esses planos, porque a namorada lhe avisou que foi à emergência de um hospital próximo. Ela passou o dia se sentindo mal, optou por ir no começo da noite.
 
Como agir? As aulas logo alcançariam o fim, contudo ele não poderia simplesmente retornar ao lar, era fundamental encontrar a namorada, confirmar a recuperação da linda moça, conferir que cuidados recebeu na emergência, depois ajudá-la a retornar.
Afinal de contas, considerando a eficiência das emergências baianas, a namorada sairia tarde.
 
Concluindo o trabalho pegou o carro habitual, informou ao condutor, o amigo que fazia o serviço de taxista, que ficaria no hospital.
 
Imaginou indagar o motivo da ida tardia.
Por que ela não foi durante o turno diurno?
 
* Localizando a moça na enfermaria, percebeu emocionado o quanto a gata espalhava encanto.
 
Admirou a mulher delicada e fascinante.
Ela não o viu chegar, cochilava esperando o último atendimento.
Segurava a bolsa, os celulares inseparáveis ficaram na cadeira ao lado.
Certamente ela contava demais com um colo terno e amigo, a presença solidária, o ombro companheiro.
Se demorou de buscar a emergência, agora isso parecia irrelevante.
O rapaz provou a satisfação de, nesse instante, poder oferecer carinho.
Tocando leve a pele macia, saudou a flor:
_ Oi, querida!
 
De repente, contemplando o lindo sorriso da rosa, esqueceu o cansaço, sentindo crescer a paz, o namorado, uma agradável sensação visitou o rapaz apaixonado.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 05/11/2015
Reeditado em 11/11/2015
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