LEMBRANÇAS

O pouco para mim é o bastante. Uma pena mergulhada no tinteiro, um pergaminho sobre a mesa e a criatividade pulsante. Passo a macular a lauda virgem do pergaméne com os rabiscos na tentativa de traduzir meus devaneios, já que sonho acordado. É acordado que te percebo, é acordado que te tenho nos meus braços horas a fios. Lembranças que o tempo não apaga e o vento não leva. Lembranças do sabor do teu beijo e do calor do teu abraço, lembranças do tom da tua voz murmurando ao meu ouvido, lembranças dos teus afagos e, lembranças dos teus cafunés. É segurado nas lembranças que sustendo a esperança de um dia tê-la ao meu lado.