Aos netos que não vou conhecer

Meu querido anjo.

As vezes imagino, como será tua face?

A maciez de tuas mãos?

Queria tanto conhecê-lo!

Por um instante senti-lo em meus braços.

Ah, Meu querido anjo!

Imagino que tenha um sorriso sincero.

As vezes fecho meus olhos,

Me pego tentando escutar teu choro.

Tento imaginar as dores que ainda irá sentir.

Tuas primeiras tentativas de levantar a cabeça.

Teu primeiro passo.

Fico imaginando como vai ser a alegria quando conseguir sentar pela primeira vez.

Chego a escutar o eco do teu sorriso pela sala.

E eu ainda posso ficar no chão de joelhos te chamando,

enquanto tentas engatinhar pela sala.

Ou incentivando teu primeiro passo tentando correr atrás de um brinquedo.

Há meu pequeno anjo!

Você nem imagina o quanto de amor existe em meu pensar!

Minha tristeza em saber que talvez eu nem vá conhecê-lo.

Será que sentirá esta saudade estranha?

Esta que sinto agora por um ser que ainda nem vingou?

Desejará você ter estado um pouquinho comigo?

Assim como desejo eu de ter estado um pouquinho...

Juntinho de ti?

Talvez eu não esteja mais aqui nesta hora.

O silencio tenha me carregado para longe.

Porém me faço presente nestas letras que te escrevo.

Junto permanece o desejo de estar perto de ti.

A certeza de que aqui estive um dia.

Pois meu amor por você é eterno.

De sua Dinda.

ARLETE KLENS
Enviado por ARLETE KLENS em 22/01/2019
Reeditado em 22/01/2019
Código do texto: T6556517
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